domingo, 11 de dezembro de 2011

YEMANJÁ A GRANDE MÃE DO MUNDO !!!

YEyE OMO EJÁ  A  NLÁ YÁ
YEMANJÁ A GRANDE MÃE
A MÃE DO MUNDO.
NAS NAÇÕES CULTUADAS NO RIO GRANDE DO SUL: KABINDA- OYÓ- IJESÁ- JEJÊ- NAGÔ- CONGÔ.

África

Na Mitologia Yoruba, OLOKUN ÓRA APARECE COMO PAI  ÓRA COMO MÃE DA ORISÁ YEMANJÁ, ambos de origem Egbá.
A ORISÁ YEMANJJÁ É A RAINHA DA NAÇÃO EGBÁ,e é saudada como Odò (rio) ìyá (mãe) pelo povo Egbá, por sua ligação com OLOKUN, Orisá do mar VODUN masculino (no Benim) ou ORISÁ feminino (em Ifé)), A ORISÁ YEMANJÁ muitas vezes é referida como sendo a rainha do mar em outros países. Cultuada no rio Ògùn em abeokuta
Pierre fatumbi no livro Dieux D'Afrique registrou: "A ORISÁ YEMANJÁ, é A ORISÁ RAINHA DOS EGBÁ, uma nação Yorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio YEMANJÁ. Com as guerras entre nações Yorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokuta, no início do século XIX. Não lhes foi possível levar o rio, mas, transportaram consigo os objetos sagrados, suportes do asé asé da
 ORISÁ YEMANJÁ, e o rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada da ORISÁ YEMANJÁ. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com ÒGÚN, o orisá do ferro e dos ferreiros."
Brasil
No Brasil, A ORISÁ YEMANJÁ goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras, e até por membros de religiões distintas.
NO RIO GRANDE DO SUL, em porto alegre ocorre anualmente bem como em outrás práias do rio grande do sul, rio grande, praia do cassino, sidreira e outrás grandes festas para  A ORISÁ YEMANJÁ, TODOS OS ANOS, no dia dois de fevereiro as maiores festas do pais em homenagem á YEMANJJÁ, COM MILHARES DE PESSOAS inclusive com excursões vindas da argentina e de outros paises da
 america do sul todas trajadas a carater geralmente trajando azul celeste, estes apaixonados pela grande mãe saem em procissão pelo rio guaiba e no interior pelo MAR indo sempre em direção aos templos publicos existentes em divésas prais, onde depositam variedades de oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados.
 Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de  fevereiro, a maior festa em homenagem à "Rainha do Mar". A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados.
Outra festa importante dedicada A ORISÁ YEMANJÁ ocorre durante a passagem de ano no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para a ORISÁ. A celebração também inclui o tradicional "Banho de pipoca" e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à Orisá.
Arquétipo
  • voluntariosos, fortes, rigorosos, protetores, caridosos, solidários em extremo, ingênuos, amigos, alguns dos filhos de YEMANJÁ são timidos. Vaidosos com os cabelos principalmente, altivos, temperamentais, algumas vezes impetuosos e dominadores, Seus filhos e filhas são serenos, maternais, sinceros e ajudam a todos sem exceção, preocupam-se com exagero com todas as pessoas, amão seus filhos com desespero e normalmente não os deicham por nada no mundo, Gostam muito de ordem, hierarquia e disciplina por isso são tidos como mandões. E realmente são meio controladores, extremamente ciumentos, São ingênuos e calmos até demais, mas quando se enfurecem são como as ondas do mar, que batem sem saber onde vão parar, na realidade estão mais para tsunami quando tirados do sério,  normalmente possuem um belo porte más teem tendencia a engordar com
  • uma certa idade. Apaixonan-se com muita facilidade e são sofredores no amor. Seus filhos e filhas  sabem seduzir e encantar com a beleza e mistérios de uma sereia. Algumas das filhas de YEMANJÁ têm dificuldade em ter filhos, pois já são mães de coração de todos.

Qualidades

NAS NAÇÕES CULTUADAS NO RIO GRANDE DO SUL: KABINDA- OYÓ- IJESÁ- JEJÊ- NAGÔ- CONGÔ.

*YEMANJÁ BOSSÍ.
*YEMANJÁ OSSÍ.
*YEMANJÁ OLOBOSSÍ.
*YEMANJÁ BOMÍ.
*YEMANJÁ OLOBOMÍ.
*YEMANJÁ ASSESSÚ.
*YEMANJÁ AKÁORÔ.
*YEMANJÁ ASSOBÁ.
  • Dia: sexta-feira.
  • Data: 2 de fevereiro.
  • Metal: prata e prateados,ouro branco.
  • Cor: prata transparente, azul celeste, verde água e branco.
  • Comida: ebô branco=(canjica branca) manjar branco, acaçá, peixe de água salgada, , vários tipos de furá, melancia, cocada branca.
  • Símbolos: ancorá, abebé prateado, alfange, agadá, obé, espada, peixe, couraça, adê, braceletes e pulseiras, conchas,remos,timão, leme.
  • Flores: hortencias, rosas brancas, crisantemos brancos.
  • Animais: ovelhas, frangas brancas, patas brancas, pombos.
  • Igbá YEMANJÁ: okutá, bacia de louça, sopeira, 8 pratos, quartinha azul celeste, 8 buzios, 8 moedas, ancora, estrelas, lua, 8 ides prateados, jóias em prata ou ouro branco, espada, escudo, espelho,cavalo marinho, estrela do mar.
  • Bebidas: suco de uvas verdes e de uvas rosas, suco de melancia, champanhe.
  • Velas: azul celeste, verde água e branca.
  • Região da africa: Egbá.
  • Nação: Egbá.
  • Pedra; prata, platina, ouro branco, diamantes, brilhantes, pérolas.
  • Sincretismo: nóssa senhóra dos navegantes.
  • Saúde: orgãos sexuais masculinos, cerebro, sangue, seios.
  • Dominios: vida, orí, orgãos sexuais masculinos, beleza,defesa dos fracos, justiça, movimento,maternidade, amor,fertilidade masculina, libido,jardims, cozinha,
  • Dominios na natureza: àguas, àguas do mar, fontes.
  • Saudação: omío !!! omío odo serèsè !!! odo yá, odo feyagbá !!! eyrúiá !!!
  • NAS NAÇÕES DE KANDOMBLÉ
*Yemowô - que na África é mulher de Oxalá,
*Iyamassê - é a mãe de Sàngó,
*Yewa - rio africano paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em algumas lendas com Yemanjá,
*Olosa - lagoa africana na qual desaguam os rios Yewa e Ògún,
*Yemanjá Ogunté - que casa com Ògún Alagbedé,
*Yemanjá Asèssu - muito voluntariosa e respeitável,
*Yemanjá Saba ou Assabá - está sempre fiando algodão é a mais jovem.
*ITÃN DE YEMANJÁ*
A ORISÁ YEMANJÁ TORNA-SE A SENHORA DAS ESTRELAS, DAS NUVENS, DAS CHUVAS E MÃE DOS ORISÁS.
A ORISÁ YEMANJÁ VIVIA SOZINHA
NO ORUN, ALI ELA VIVIA DORMIA E SE ALIMENTAVA.
CERTO DIA *OLODUMARÊ* RESOLVEU
QUÊ ESTAVA NA HORÁ DE YEMANJÁ TER UMA FAMILIA E TER COM QUÊM CONVIVER NO SEU COTIDIANO, COMER RIR, BRINCAR, AMAR E CONVERSAR, ENTÃO SEU ESTOMAGO CRESCEU MUITO E DELE, NASCERAM TODAS AS ESTRELAS, PORÉM ELAS FORAM ENFEITAR E SE FIXAR NO FIRMAMENTO. YEMANJÁ CONTINUAVA SOLITÁRIA, ENTÃO *OLODUMARÊ*  FEZ COM QUÊ SUA BARRIGA CRESCESSE E NASCERAM AS NUVENS, MÁS NUVENS PASSEAVAM PELO CÉU ATÉ SE PRECIPITAREM EM CHUVAS SOBRE A TERRA (ESTE ITÃN COMPROVA QUÊ YEMANJÁ É QUE É A DONA DAS CHUVAS).
YEMANJÁ CONTINUAVA SOLITÁRIA, ENTÃO NOVAMENTE *OLODUMARÊ* INTERCEDE E FAZ COM QUÊ DE SUA BARRIGA NASCEREM TODOS OS ORISÁS, FAZENDO COM QUÊ YEMANJÁ NUNCA MAIS FICASSE SÓ.
*OLODUMARÊ* CRIA O MUNDO COM A AJUDA DE YEMANJÁ
*OLODUMARÊ* vivia só no Infinito, cercado apenas de fogo, chamas e vapores, onde quase nem podia caminhar.
Cansado desse seu universo tenebroso, cansado de não ter com quem falar, decidiu por fim àquela situação.
Libertou as suas forças e a violência delas fez jorrar uma tormenta de águas.
As águas debateram-se com rochas que nasciam e abriram no chão profundas e grandes cavidades.
A água encheu as fendas ocas, fazendo-se os mares e oceanos, em cujas profundezas OLOKUN foi habitar.
Do que sobrou da inundação se fez a terra.
Na superfície do mar, junto à terra, ali FEZ  SEU reino A ORISÁ YEMANJÁ, com suas algas e estrelas-do-mar, peixes, corais, conchas, madrepérolas.
Ali nasceu A ORISÁ YEMANJÁ em prata e azul, coroada pelo arco-íris OSUMARÊ.
*OLODUMARÊ* e A ORISÁ YEMANJÁ, a mãe dos orisás, dominaram uma parte do fogo no fundo da Terra e o entregaram ao poder de Aganju, o mestre dos vulcões, por onde ainda respira o fogo aprisionado.

A outra porção do fogo eles apagaram e suas cinzas se espalharam pela Terra pelas mãos de ORISÁ OKÔ, fertilizando os campos, propiciando o nascimento das ervas, frutos, árvores, bosques, florestas, que então foram cuidadas por OSSAIN, que descobriu o poder curativo de todas as folhas.
Nos lugares onde as cinzas foram escassas, nasceram os pântanos e nos pântanos, a peste, dada pela mãe dos orixás ao filho SAPANÃ.
A ORISÁ YEMANJÁ encantou-se com a Terra e a enfeitou com rios, cascatas e lagoas.
Assim surgiu OSUN, dona das águas doces.
Quando tudo estava feito, cada natureza na posse de um dos filhos da ORISÁ YEMANJÁ, ORISÁ OSALÁ, respondendo diretamente às ordens de *OLORUN*=(*DEUS*), criou o ser humano.
E o ser humano povoou a Terra.
*OLORUN* DISTRIBUI PODERES ENTRE OS ORISÁS FAVORECE A ORISÁ YEMANJÁ POR SUA AJUDA NA CRIAÇÃO DO MUNDO
*OLODUMARÊ* fez o mundo e repartiu entre os orixás os vários poderes, dando a cada um um reino para cuidar.
A BARÁ e a ESÚ deu o poder da comunicação e a posse das encruzilhadas. A ÒGÚN o poder de forjar os utensílios para a agricultura e o domínio de todos os caminhos. A ODÉ o poder sobre a caça e a fartura. A SAPANÃ o poder de controlar as doenças de pele e a feitiçaria. OSUMARÉ seria o arco-íris, embelezaria a terra, trazendo sorte aos agricultores. SÀNGÓ recebeu o poder da justiça e sobre os trovões. OYÁ reinaria sobre os mortos e teria poder sobre os raios. YEWÁ controlaria a subida dos mortos para o ORUN, bem como reinaria sobre os cemitérios. OSUN seria a ORISÁ da beleza, da fertilidade das mulheres e de todas as riquezas materiais da terra,
bem como teria o poder de reinar sobre os sentimentos de PAIXÃO e ódio. NÁNÃ recebeu a dádiva de ser a pura sabedoria dos mais velhos, além de ser o final de todos os mortais; nas profundezas de sua terra, os corpos dos mortos seriam recebidos. Além disso do seu reino sairia a lama da qual OSALÁ modelaria os mortais, pois Odudua já havia criado o mundo. Todo o processo de criação terminou com o poder de OSALÁ que recebeu o poder sobre o equilíbrio do mundo e inventou a cultura material .
Para A ORISÁ YEMANJÁ, *OLODUMARÊ* destinou O ORÍ E O PENSAMENTO E O RACIOCINIO E A CLAREZA, ELA É A DONA DAS CABEÇAS(POR ISSO NÃO EXISTE BORI SE A ORISÁ YEMANJÁ) ASSIM COMO A MAIOR FORÇA DA TERRA EM MOVIMENTO, SÃO AS ÀGUAS
A ORISÁ YEMANJÁ É A DONA DE TODO O MOVIMENTO DO MUNDO, BEM COMO  ELA É A DONA DO PENSAMENTO, É A MÃE SE TODAS AS MÃES E DE TODAS AS CRIANÇAS DEPOIS QUÊ COMEÇÃO A ANDAR, RECEBEU TAMBÉM O PODER SOBRE O AMOR VERDADEIRO E PURO (POIS O AMOR DA PAIXÃO PERTENCE A OSUN)TAMBÉM GOVÉRNA A COZINHA E OS JARDINS.
*ITÃN DE YEMANJÁ*
*YEMANJÁ VINGA SEU FILHO*
A ORISÁ YEMANJÁ era uma rainha muito poderosa e sábia, tinha dez filhos e o primogênito era seu preferido.
Era um negro muito bonito inteligente e com o dom da palavra, as mulheres caiam a seus pés, e os homes e os orisás o invejavam, tanto fizeram e tanta calunia levantaram contra o filho dileto de YEMANJÁ que provocaram a desconfiança de seu próprio pai.
Acusaram-no de haver planejado a morte de seu pai, o rei, e pediram ao rei quê o condenasse à morte.
A ORISÁ YEMANJÁ explodiu em irá tentou de todas as formas dissuadi-los da  sentença de morte quê fora imposta a seu filho, implorou mesmo, mas os homens não ouviram suas suplicas, e essa primeira humanidade então conheceu a vingança de uma mãe pela perda injusta de seu filho.
A ORISÁ YEMANJÁ disse que os homens só habitariam a terra enquanto ela quisesse
Como eles à fizeram perder seu filho tão amado suas águas salgadas invadiriam a terra e da água doce a huamnidade não mais provaria.
E assim A ORISÁ YEMANJJÁ fez e a primeira humanidade foi destruída.
*ITÃN DE YEMANJÁ*
YEMANJÁ JOGA BUZIOS NA AUSÊNCIA DE ORUNMILÁ
YEMANJÁ E ORUNMILÁ eram casados  ORISÁ ORUNMILÁ era um grande adivinho, com seus dotes sabia interpretar os segredos dos búzios, certa vez ORUNMILÁ viajou e demorou muito a voltar e YEMANJÁ viu-se sem dinheiro em casa, então usando o oráculo=(jogo de búzios) do marido passou a atender uma grande clientela, e fez muito dinheiro.
No caminho de volta para casa, ORUNMILÁ  ficou sabendo quê havia em sua aldeia uma mulher de grande sabedoria e poder de cura, e que com a perfeição de um babalaô jogava búzios, desconfiado voltou para casa e não se apresentou a YEMANJÁ preferindo vigiar meio afastado, escondido, o movimento de sua casa, não demorou muito a constatar que era mesmo sua esposa a autora daqueles  feitos.
ORUNMILÁ repreendeu duramente sua esposa YEMANJÁ e ela replicou dizendo quê fez aquilo para não morrer de fome.
Más o marido contrariado a levou perante o OLOFIN-*OLODUMARÊ*= (*DEUS*).
*OLODUMARÊ* reiterou quê ORUNMILÁ era e continuaria sendo o único dono do oráculo = (jogo de búzios) que permite a leitura sobre o destino.
E que ele era o legitimo conhecedor e pleno conhecedor das histórias que formam a ciência dos 16 odús.
Más reconheceu quê A ORISÁ YEMANJÁ tinha um grande pendor e sabedoria na arte da adivinhação, então deu a ela a autorização para dai em diante continuar a jogar os búzios, Assim as mulheres uma atribuição antes totalmente masculina. 
 *ITÃN DE YEMANJÁ*
YEMANJÁ É NOMEADA POR *OLORUN* A DONA DAS CABEÇAS
Houve um dia em quê *OLODUMARÊ convocou todos os ORISÁS  para uma reunião A ORISÁ YEMANJÁ estava em casa matando uma ovelha quando seu filho ELEGBARÁ IJELÚ chegou para avisá-la da reunião, e sem ter nada para levar de presente para *OLODUMARÊ*, YEMANJÁ carregou consigo a cabeça da ovelha seu animal preferido, como oferenda ao criador de tudo e de todos.
Ao ver quê somente YEMANJÁ trazia-lhe um presente *OLODUMARÊ* declarou:
“AWOYÓ ORÍ DORÍ RE”.
“CABEÇAS TRAZES, CABEÇA SERÁS”
Desde então YEMANJÁ é a senhora e dona das cabeças.
*ITÃN DE YEMANJÁ*
YEMANJÁ TRÁI SEU MARIDO ÒGÚN
COM AYÈ
Houve uma época em quê A ORISÁ YEMANJÁ era casada com o ORISÁ ÒGÚN a quem sempre acompanhava em tudo inclusive nas guerra.
Más ÒGÚN era um negro forte, bruto e irracível, de tanto sofrer maus-tratos YEMANJÁ não tardou a em apaixonarse por outro e acabou por trai-lo.
Um dia YEMANJÁ saiu de casa para ir ao encontro de seu amado AYÈ, o senhor da terra com o qual mantinha um caso de amor secreto.
ÒGÚN era o senhor dos cachorros e um de seus cães seguiu YEMANJÁ.
Fiel ao dono, o cão foi ao encontro de ÒGÚN e o arrastou até aonde se encontravam o casal, ÒGÚN então descobre a traição de sua esposa e atiçou o cão contra ela, o cão lançou-se sobre YEMANJÁ e a mordeu com violência YEMANJÁ conseguiu fugir, porém desde então tem pavor de cães.
*ITÃN DE YEMANJÁ*
YEMANJÁ FINGE-SE DE MORTA PARA FUGIR DE ÒGÚN.
O mundo foi criado e os ORISÁS chegaram a terra, más o  ORISÁ ÒGÚN veio na frente abrindo os caminhos.
OSALÁ criou os homens e ikú(a morte) foi encarregado de leva-los daqui para o outro mundo, na data atribuída por *OLORUN*.
Naquele tempo, os mortos não eram enterrados e seus corpo eram colocados aos pés de IROKÔ,  o ORISÁ da grande árvore.
Um dia devido aos mas-tratos de ÒGÚN a ORISÁ YEMANJÁ decidiu livrar-se dele para seguir com seu amado.
A ORISÁ YEMANJÁ fingiu-se então de morta com tal perfeição quê ÒGÚN crendo no quê estava vendo, preparou o corpo e o levou aos pés de IROKÔ.
Mal o ORISÁ ÒGÚN virou as costas, YEMANJÁ e seu amado começaram a festejar.
YEMANJÁ então vai ao mercado aonde sempre vendia seus quitutes,(pensando em mais tarde escondida de ÒGÚN chamar seus filhos e contar-lhes a verdade, porém foi pega de surpresa) naquele dia a filha quê teve com ÒGÚN também havia ido ao mercado e vê a mãe bem viva, revoltada e sem saber dos planos da mãe contar-lhe a verdade longe dos olhos de ÒGÚN, a menina corre de encontro ao pai e lhe conta quê viu a mãe bem viva  no mercado.
ÒGÚN não quis acreditar na filha, más mesmo assim foi ao mercado e lá encontrou a esposa.
Irado ÒGÚN leva sua esposa a presença de OLOFIN-*OLODUMARÊ o senhor supremo=(*DEUS*) a quem ÒGÚN conta sua história.
*OLORUN* então resolve cortar o mal pela raiz e determina quê a partir daquele dia os mortos seriam enterrados em covas profundas e seus corpos cobertos pela terra, então não mais se repetiria farsas iguais as quê YEMANJÁ cometera.
 *ITÃN DE YEMANJÁ*
YEMANJÁ SEM QUERER ACABA AFOGANDO SEUS AMANTES
A ORISÁ YEMANJÁ é dona de rara beleza e como tal uma mulher muito vaidosa e caprichosa.
Um dia saiu de sua morada nas profundezas do mar e veio para a terra em busca de um namorado.
Encontrou um jovem lindo e robusto pescador e o levou para o seu liquido leito de amor, seus corpos conheceram todas as delicias do amor, más o pescador era apenas um ser humano e morreu afogado nos braços de YEMANJÁ.
Quando amanheceu YYEMANJJÁ devolveu
Seu corpo à praia.
É assim toda a noite quando YEMANJÁ se encanta com os pescadores que saem em seus barcos para trabalhar.
Ela os leva para o mar e se deixa possuir e depois os traz de novo para praia sem vida os deixa na areia.
Até quê um certo dia uma das namoradas vai a um babalaô que joga os búzios e lhe fala quê YEMANJÁ não faz aquilo por mau e quê as mulheres devem fazer um pacto com YEMANJÁ através de ebós, flores presentes e perfumes, para quê ela traga seus maridos noivos e namorados de volta e com vida.
E assim elas fizeram, todos os dias iam a pra rezar para a grande mãe para que devolvesse seus homens com vida, e YEMANJÁ a grande mãe passou a devolve-los pela manhã fortes e com vida e ainda passou fazer com que suas pescarias fossem fartas.
*ITÃN DE YEMANJÁ*
YEMANJÁ SALVA O SOL DE EXTINQUIR-SE
ORUM o sol andava exausto desde a criação do mundo ele não tinha dormido nunca, pois brilhava sobre a terra dia e noite.
ORUM já estava a ponto de exaurir-se, de apagar-se.
Com seu brilho eterno, ORUM maltratava a terra, ele queimava a terra dia após dia, já quase tudo estava calcinado e os humanos já morriam todos.
OS ORISÁS estavam preocupados e reuniram-se para encontrar uma saída.
Foi YEMANJÁ quem trouxe a solução, ela guardara sob as saias alguns raios de sol, e projetou sobre a terra os raios que guardara e mandou que o sol fosse descansar, para depois brilhar de novo.
Os fracos raios de sol formaram um outro astro e o sol descansaria para recuperar suas forças, enquanto isto reinaria OSU, á lua, sua luz fria  refrescaria a terra e os seres humanos não pereceriam no calor.
Assim graças A ORISÁ YEMANJÁ o sol pode dormir e à noite as estrelas velam por seu sono, até quê a madrugada traga um novo dia.
*ITÃN DE YEMANJÁ*
YEMANJÁ SE IRRITA COM A SUJEIRA QUÊ OS HOMENS LANÇAM AO MAR
Logo no principio do mundo, YEMANJÁ teve motivos para se sborrecer com a humanidade, pois desde cedo os homens e as mulheres jogavam no mar tudo o quê não servia mais, os seres humanos sujavam as águas com lixo, com tudo o quê não  mais prestava, velho ou estragado, até mesmo cuspiam no mar, quando não faziam coisa pior.
A YEMANJÁ  foi queixar-se com *OLODUMARÊ*=(*DEUS*), assim não dava para continuar, o mar de YEMANJÁ vivia sujo, sua casa estava sempre cheia de porcaria.
*OLODUMARÊ* ouviu suas reclamações e deu-lhe o dom de devolver à praia tudo quê  fosse sujeira quê os seres humanos jogassem ao mar. 
Desde então YEMANJÁ criou as ondas no mar.
E as ondas trazem para à praia tudo o quê não pertence ao mar.
*ITÃN DE YEMANJÁ*
A ORISÁ YEMANJÁ ATEMORIZA SEU FILHO O ORISÁ SÀNGÓ     
O ORISÁ SÀNGÓ o filho da ORISÁ YEMANJÁ, era briguento e andava pelo mundo destruindo tudo o quê aparecesse na frente dele, preocupada
YEMANJÁ foi vê-lo e o repreendeu por seu comportamento.
A ORISÁ YEMANJÁ  era uma grande mãe, sempre preocupada com a família, ela queria endireitar o caráter de SÀNGÓ.
 SÀNGÓ não gostou da reprimenda.
E em resposta aos clamores da mãe botou fogo pela boca, nariz e ouvidos.
O corpo de YEMANJÁ começou a crescer diante do filho, e as espumas de sua saias se avolumaram assustadoramente, e levantou ondas, vagalhões e marés apavorantes que derrubaram SÀNGÓ e quase o afogaram, as ondas rugiam e ameaçavam toda a terra.
SÀNGÓ se apavorou com a fúria da mãe e saiu gritando:
“ONÓN KOMÍ IYÁMÍ !!!”
“ME DÁS MEDO MINHA MÃE !!!”
SÀNGÓ agora respeita e teme sua mãe YEMANJÁ profundamente, anda na linha e faz tudo o quê ela manda.
Más se alguém falar mal de SÀNGÓ, YEMANJÁ, logo se irrita e defende o filho, que só ela pode evidentemente castigar.
 *ITÃN DE YEMANJÁ*
YEMANJÁ MOSTRA AOS HOMENS SEU PODER SOBRE AS ÁGUAS
Em certa ocasião, os homens preparavam uma grande  festa em homenagem aos ORISÁS, infelizmente por descuido  acabaram por esquecer-se de YEMANJÁ.
YEMANJÁ furiosa, conjurou o mar e o mar começou a engolir a terra, dava medo ver YEMANJÁ lívida, cavalgar as mais altas ondas com sua espada de prata na mão direita e seu abebé de prata na mão esquerda e seu ofá de guerreira preso às costas.
Os homens sem demora com muito medo da irá de YEMANJÁ imploraram a ajuda de OSALÁ.
Quando a estrondosa imensidão do mar de YEMANJÁ já se precipitava sobre a terra, OSALÁ levantou seu opasorô e pediu a YEMANJÁ que se detivesse.
OSALÁ a mando de “OLODUMARÊ” criou o homem e não permitiria sua destruição.
Por respeito a OSALÁ, a senhora dos mares mandou quê suas águas se acalmassem e pois fim à sua irá de revanche e com isto os homens passaram a nunca mais esquecer de homenagear a rainha dos mares e ela deu fim a sua vingança.
     A ORISÁ YEMANJÁ leva O ORISÁ OSALÁ  à loucura
A ORISÁ YEMANJÁ antes de receber todos os poderes dados por *OLORUN* trabalhava e reclamava de sua condição de menos favorecida, afinal HÀVIA participado da criação do mundo
Ajudando *OLODUMARÊ* à criar o
mesmo e todos os outros ORISÁS recebiam oferendas e homenagens e ela, vivia como escrava.
Durante muito tempo A ORISÁ YEMANJÁ reclamou dessa condição e tanto falou, nos ouvidos de OSALÁ, que este enlouqueceu. O ORÍ= (cabeça) de OSALÁ não suportou as reclamações da   ORISÁ YEMANJÁ.
OSALÁ ficou doente, Yemanjá deu-se conta do mal que fizera ao marido e, em poucos dias, utilizando-se de ori (banha vegetal), de omi-tutu (água fresca), de obí (fruta conhecida como nóz-de-cola), eyelé-funfun (pombos brancos) e esò (frutas) deliciosas e doces, curou O ORISÁ OSALÁ.
OSALÁ agradecido foi a *OLODUMARÊ* pedir para que deixasse  A ORISÁ YEMANJÁ o poder de cuidar de todas as cabeças. Desde então A ORISÁ YEMANJÁ recebe oferendas e é homenageada quando se faz o borí (ritual propiciatório à cabeça) e demais ritos à cabeça (ORÍ) e logo em seguida *OLODUMARÊ=OLORUN* à presenteia com todos os demais poderes o quê a torna um dos mais poderosos ORISÁS SOBRE A TERRA.
*ITÃN DE YEMANJÁ ASSESSÚ*
A ORISÁ YEMANJÁ é a Mãe dos dois mundos, este mundo dos vivos e o mundo dos mortos em geral.
Sua missão, como Mãe, é velar pelos vivos e mortos como ninguém melhor que Ela pode fazer.
Conhecedora das misérias humanas, é Ela a que tem a compaixão infinita que nos ajuda nos nossos pesares.
Ela é a verdadeira dona do DELOGUN, método de comunicação com os ORISÁS e *OLORUN*, mas neste caminho por meio do qual Ela alcança para que os mortos se comuniquem por meio dos búzios com este mundo.

A ORISÁ YEMANJÁ ASSESSÚ, que sendo Mãe e Rainha deixa seus vestidos de gala para cobrir-se com o pó e a sujidade da terra onde estão depositadas todas as vergonhas, penas e misérias deste e do outro mundo; mas apesar disto, conhecemo-la como a que flutua sobre as águas para ser a advogada e mediadora entre *OLORUN* e os homens vivos e mortos.
Seu assentamento leva babosas e areia do mar e do rio, sobretudo da areia mais escura da praia. ORISÁ muito trabalhadora, recebe de madrugada entre a penumbra da noite e a primeira claridade.

Leva entre as suas ferramentas um caracol de mar tipo babosa, que come sempre com ela. Sua taça ou sopeira fica assentada num tabuleiro de madeira com areia do mar e rio e a caveira da primeira cabra que comeu. Sua coroa adorna-se com 7 penas de pato.
Protetora incondicional de seus filhos que levam um búzio ou caracol para sua invocação e pedido de proteção.
Quando YEMANJÁ se viu violada por seu filho ORUGAN e foram descobertos por OBATALÁ, Ela, na sua dor, quis esconder-se dos olhares de seus filhos e de seu marido, enterrando-se no mais profundo da terra, lugar onde manchou a sua vestimenta e foi ai que ouviu a voz de ORUNMILÁ que lhe pediu para Ela regressar ao mundo já que a sua missão era ser a Sagrada Mãe do Mundo. Ela, ao conhecer assim o pior deste mundo, regressa à terra para ocupar seu lugar sem rancor, com perdão para todos e com o amor mais puro que pode existir neste e no outro mundo: o amor de uma Mãe.
Protetora incondicional das mães que se acolhem a Ela para pedir solução para os vícios e problemas de seus filhos, nunca ignora a súplica de uma velha mãe e é ela quem as acolhe no seu seio quando partem.

Seus filhos a invocam dizendo: Ayuba Iya mo Aye.
Seu colar leva contas brancas e azul pálido ou azul claro e como adornos leva pequenos caracóis ou búzios.
ITÃN DE YEMANJÁ
Filha de OLOKUN, ORISÁ do mar, A ORISÁ YEMANJÁ era casada com Olofim-ODUDUÁ com quem tinha dez filhos ORISÁS. Por amamentá-los, ficou com seios enormes. Impaciente e cansada de morar na cidade de Ifé, ela saiu em rumo oeste, e conheceu o rei Okerê; logo se apaixonaram e casaram-se. Envergonhada de seus seios, A ORISÁ YEMANJÁ pediu ao esposo que nunca a ridiculariza-se por isso. Ele concordou; porem, um dia, embriagou-se e começou a gracejar sobre os enormes seios da esposa. Entristecida, A ORISÁ YEMANJÁ fugiu.
Desde menina, trazia numa garrafa uma poção, que a mãe lhe dera para casos de perigo. Durante a fuga, A ORISÁ YEMANJÁ caiu; quebrando a garrafa; a poção transformou-a num rio cujo leito seguia em direção ao mar.
Ante o ocorrido, Okerê, que não queria perder a esposa, transformou-se numa montanha para barrar o curso das águas. A ORISÁ YEMANJÁ pediu ajuda ao filho O ORISÁ SÀNGÓ, e este, com um raio, partiu a montanha no meio; o rio seguiu para o oceano e, dessa forma, a orixá tornou-se a rainha do mar.
ITÃN DE YEMANJÁ
A ORISÁ YEMANJÁ, grande orisá das águas, era filha do ORISÁ OLOKUN, o senhor dos oceanos. Era possuidora de um grande instinto maternal, que fez dela mãe de dez filhos. Embora casada, não tinha grande apego por seu marido. Às vezes, pensava em deixá-lo, mas ele era um homem muito importante e poderoso, e não permitiria tal desonra. A ORISÁ YEMANJÁ também pensava no bem-estar de seus filhos, não podendo deixá-los desamparados.
Seu marido usava o poder com tirania, inclusive com sua família, tornando a vida dela insuportável. Ela não aguentava mais se submeter aos caprichos de um homem que ela desprezava.
Ela procurou seu pai para aconselhar-se sobre a atitude que deveria tomar. No fundo, ela já estava decidida a fugir, mas precisava de seu apoio. O ORISÁ OLOKUN não a recriminou, pois ela era uma soberana e, como tal, não poderia aceitar o jugo de ninguém. Ele, então, deu à sua filha uma cabaça com encantamentos, para que ela usasse quando estivesse em perigo.
A ORISÁ YEMANJÁ colocou seu plano em prática, fugindo com todos os seus filhos.
Quando ela já estava bem longe de sua aldeia, viu que estava sendo perseguida pelo exército de seu marido. Pensou em enfrentá-los, mas eles eram muitos e seria uma luta desleal. A ORISÁ YEMANJÁ odeia os confrontos, pela destruição que causam, já que é um orisá propagador de vida.
Quando se sentiu acuada, resolveu abrir a cabaça e pedir socorro ao seu pai. Do seu interior escoou um líquido escuro, que, ao tocar o chão, imediatamente formou um rio, que corria em direção ao oceano.
Foi nessas águas que A ORISÁ YEMANJÁ e seu povo encontraram um caminho para a liberdade.
ITÃN DE YEMANJÁ
A ORISÁ YEMANJÁ, ORISÁ das águas do mar; filha da ORISÁ OLOKUN, a orisá do oceano e de Oduduwa, o orisá da terra; é conhecida como a mãe das mamas chorosas, porque de seus seios rompidos nasceram todos os orisás, rios e riachos, todos cursos d'água, pequenos e grandes, sobre a face da Terra
Seu nome é YEyE OMO EJA, a mãe cujo os filhos são peixes.
Ela é A ÒRÌSÀ do rio Ogún, na Nigéria, e também é o grande delta, o ponto de encontro do rio com o mar. É nessas águas revoltas, doces e salgadas, que vive  A ORISÁ YEMANJÁ. Ela é a junção do rio e do mar, a ÒRÌSÀ das águas do mar. É também a protetora das famílias, aquela que mantém juntos os casais e seus filhos, e faz com que vivam em paz.
ITÃN DE YEMANJÁ
A ORISÁ  YEMANJÁ seria filha do ORISÁ OLÓÒKUN, VODUN (em Benin) ou ORISÁ (em Ifé) do mar. Numa história de Ifá, ela aparece "casada pela primeira vez com O ORISÁ ORUNMILÁ, senhor das adivinhações, depois com Olofin, rei de Ifé,... A ORISÁ YEMANJÁ, cansada de sua permanência em Ifé, foge mais tarde em direção ao Oeste. Outrora, Olóòkun lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparado, pois "não se sabe jamais o que pode acontecer amanhã", com a recomendação de quebrá-la no chão em caso de extremo perigo. E assim, A ORISÁ YEMANJÁ foi instalar-se no "Entardecer-da-Terra", o Oeste. Olofin-Odùduà, rei de Ifé, lançou seu exército à procura de sua mulher. Cercada, A ORISÁ YEMANJÁ, em vez de se deixar prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. Um rio criou-se na mesma hora, levando-a para Okun, o oceano, lugar de residência de Olóòkun (Olokum).
ITÃN DE YEMANJÁ
Quando Obatalá e Odudua se casaram, tiveram dois filhos: A ORISÁ YEMANJÁ ( o mar ) e o ORISÁ AGANJÚ ( a terra ). Os irmãos se casaram e tiveram um filho, Orungã ( o ar ). Quando cresceu, Orungã se apaixonou pela mãe. Um dia, aproveitando a ausência do pai, tentou violentá-la. A ORISÁ YEMANJÁ conseguiu escapar e fugiu em direção ao mar. Quando Orungã já a alcançava, ela caiu ao chão. Então seus seios se romperam e deles saíram dois grandes rios, que formaram os mares; e do ventre saíram os Orisás que governam as 16 direções do mundo: BARÁ, ÒGÚN, SÀNGÓ, OYÁ-YNHANÇÃ,OSSAIN, ODÉ, OTIN, ERINLÉ, OBÁ, OSUN, DADÁ, OLOSÁ, OKÔ, OKÊ, AJÊ SALUGÁ, ORUN=(O SOL) e OSU=(A LUA).
ITÃN DE YEMANJÁ
A ORISÁ YEMANJÁ teve muitos problemas com os filhos. OSSAIN, o mago, saiu de casa muito jovem e foi viver na mata virgem estudando as plantas. Contra os conselhos da mãe, ODÉ bebeu uma poção dada por OSSAIN e, enfeitiçado, foi viver com ele no mato. Passado o efeito da poção, ele voltou para casa mas A ORISÁ YEMANJÁ, irritada, expulsou-o. Então ÒGÚN a censurou por tratar mal o irmão. Desesperada por estar em conflito com os três filhos, Iemanjá chorou tanto que se derreteu e formou um rio que correu para o mar.
*ITÃN DE YEMANJÁ*
O ORISÁ ESÚ, seu filho, se encantou por sua beleza e tomou-a à força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, e bravamente A ORISÁ YEMANJÁ resistiu à violência do filho que, na luta, machucou os seios da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez,  O ORISÁ ESÚ " caiu no mundo" desaparecendo no horizonte. Caída ao chão, A ORISÁ YEMANJÁ entre a dor e a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai OLOKUN e ao criador *OLORUN*. E dos seus seios machucados, a água, salgada como a lágrima, foi saindo dando origem aos mares. O ORISÁ ESÚ, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos orisás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros na corte.
*ITÃN DE YEMANJÁ*
Certa feita A ORISÁ YEMANJÁ muito aborrecida por saber que seu filho adorado, o ORISÁ ODÉ passou a viver com o ORISÁ OTIN e tornaram-se inseparáveis.
YEMANJÁ então armou um plano para separar os dois e acabar com está história e calar as más línguas quê andavam inventando fofocas sobre seus filhos.
Convidou sem quê ODÉ  soubesse, OTIN para um banquete.
OTIN compareceu ao banquete sem desconfiar o que sua mãe estava preparando, porém ao chegar notou quê ODÉ não estava no banquete e interpelou YEMANJÁ, quê lhe responde quê ODÉ ainda não havia voltado da caçada, e sem que OTIN percebesse coloca uma beberagem em sua comida e OTIN adormece e quando acorda está preso no fundo do mar em um dos castelos de YEMANJÁ.
Porém YEMANJÁ percebe o desespero de ODÉ que passa a procurar por OTIN pelos quatro cantos do mundo sem encontrar.
Aos poucos ODÉ começou a adoecer na terra sentindo a falta de OTIN, enquanto da mesma forma OTIN adoecia no mar sentindo a falta de ODÉ.
YEMANJÁ entra em desespero ao ver seus amados filhos definhando aos poucos um pelo outro, com medo de quê tal estado de saúde os levasse para junto de IKÚ=(A MORTE), YEMANJÁ, então tomada pelo amor materno, liberta o ORISÁ OTIN quê a perdoa pelo seu comportamento zeloso de mãe, prometendo não contar nada ao ORISÁ ODÉ.
O ORISÁ OTIN assim quê se vê livre corre ao encontro do ORISÁ ODÉ, inventando uma desculpa qualquer para não colocar sua mãe YEMANJÁ em apuros junto a seu filho ODÉ.
E ORISÁ OTIN e ORISÁ ODÉ seguem juntos pela eternidade caçando pelos campos e  matas até os dias de hoje, com as bênçãos de YEMANJÁ. 
 OBS: YEMANJÁ é a mãe do imaterial e do material, é a mãe quê nos honra com o alimento da mente com a abundancia da clareza, é a mãe quê nos da limite e nos impõe responsabilidades com amor, é ela quê nos provem do senso familiar e nos da a proteção de colocar-nos no caminho do amor verdadeiro, e ainda nos ensina o verdadeiro sentido da paz, porém sem deixar de ensinar-nos quê devemos lutar por tudo o que queremos sem quê nos deixemos humilhar e nem intimidar  por ninguém, é ela quê ao mostrarmos nossa fé nos movimenta sempre num maravilhoso caminho, más sem interferir diretamente em nossas vidas pois respeita o livre arbítrio nos dado por *OLORUN*, está mãe maravilhosa é que nos supre com a verdade e com a caridade nos enchendo com o sopro de caráter e idoneidade, enfim é nela quê buscamos colo e carinho em nossos momentos de aflição e recebemos todo amor quê somente uma grande mãe como A ORISÁ YEMANJÁ ATRAVÉS DE *OLORUN* PODERIA NOS DAR.
Irmãos não tenho palavras para agradecer novamente o carinho e o respeito que tenho recebidos de vocês através de e-mails, espero novamente ter sido útil à todos através do meu conhecimento e das minhas pesquisas. !!! ASÉ para todos !!!.
*OLORUN* MODUPÉ !!!
KOLOFÉ *OLORUN* A TODOS !!!
BÁBÁÒLÒÒRÌSÁ OBÁ OMÍ D’ YEMANJÁ

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

OSUN !!! A SENHORA DA MISERICÓRDIA !!!

ORISÁ OSUN: A SENHÓRA DA PAIXÃO E DAS ÁGUAS DOS RIOS CACHOEIRAS E LAGOS. A DONA DO OURO E DA MISERICÓRDIA E SENHORA DA BELEZA.
NAS NAÇÕES: KABINDA- OYÓ- IJESÁ-JEJÊ- NAGÔ- CONGÔ
NAÇÕES CULTUADAS NO RIO GRANDE DO SUL.
 A ORISÁ OSUN  na religião yoruba, é uma (Orisá) que reina sobre a água doce dos rios, o amor, intimidade, beleza, riqueza e diplomacia. A ORISÁ OSUN, é uma orisá muito querida para os seguidores de todas as NAÇÕES brasil afóra. (de norte a sul do BRASIL em qualquer nação)
A ORISÁ OSUN  é dona do ouro, e é a RAINHA da NAÇÃO IJESÁ.
A ORISÁ OSUN  é também a senhora da misericórdia cujo dia especifico do ano: chamado de o dia da misericórdia é o sabado de aleluia.
A ORISÁ OSUN,  Osun, Oshun, Ochun ou Oxum, na Mitologia Yoruba é um orisá feminino. O seu nome deriva do rio Osun, que corre, região nigeriana de ijexá e Ijebu Identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejioko e Ôxê, é representada por todas as nações, material e imaterialmente, por meio do assentamento sagrado denominado IGBÁ OSUN= VASILLHA DE OSUN.
É tida como um único Orisá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex.: Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu, etc.
Em sua obra Notas Sobre o Culto aos Orisás e Voduns, Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de DA ORISÁ OSUN  são guardados no palácio do rei Ataojá. O templo situa-se em frente e contém uma série de estátuas=(OGBONIS=VULTOS) esculpidas em madeira, representando diversos Orisás: "Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos, para tudo ver. Ela carrega uma espada para defender seu povo."
O Festival de Osun é realizado anualmente na cidade de Osogbo, Nigéria.
O Bosque Sagrado DA ORÍSÁ OSUN-Osogbo, onde se encontra o Templo de Osun, é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2005.
AS ORISÁ OSUN, YNHANÇÃ E OBÁ eram esposas DO ORISÁ SÀNGÓ. Muitos dizem que A ORISÁ OSUN enganou A ORISÁ OBÁ e a induziu a cortar a orelha e colocá-la no amalá DO ORISÁ SÀNGÓ, criando, com isso, uma grande desavença entre ambas. Mas, na verdade, A ORISÁ OBÁ apenas cortou sua orelha para provar seu amor ao ORISÁ SÀNGÓ. Muitos difundiram este ITÃN porque A ORISÁ OSUN é a orisá da beleza e da juventude, ao passo que A ORISÁ OBÁ tem mais idade e protege as mulheres dignas, idosas e necessitadas, além de trabalhar com A VODUN NÁNÃ BOROKÊ. Quem afirmar que há uma desavença entre AS ORISÁS OSUN E OBÁ e que esta é a menos amada Pelo ORÍSÁ SÀNGÓ está muito errado, porque A ORISÁ OBÁ é aquela mulher que fica ao lado do marido e que mais recebe o amor dele. Quanto ao fato de algumas qualidades lutarem entre si, não é por causa da "desavença", que nem é verdadeira, e sim porque as qualidades fazem uma representação de conflitos e guerras do tempo em que tais qualidades estavam na Terra. Do mesmo jeito que, se houver uma qualidade da ORISÁ YNHANÇÃ=(YÁ MESAN) que, quando viveu na Terra, teve uma guerra com O ORISÁ ÒGÚN, quando ambos CHEGAREM na terra em seus filhos, representarão uma luta entre si, para mostrar que possuiam certa desavença, e um pouco da história do mundo. Vale lembrar que estamos falando dos ORISÁS OSUN E OBÁ, e quando em vida tivérão seus problemas pessoais, porém sabemos que ao retornar ao ORUN=(CÉU) ISTO TUDO FICOU PARA TRÁZ, POIS À ELES CABE
NOS PROTEGER E AMPARAR E NÃO SE DEICHAR LEVAR POR PICUINHAS MUNDANAS.
A ORISÁ OSUN é um Orisá feminino da nação Ijesá, adotada e cultuada em todas as outras nações  afro-brasileiras. É a Orisá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza. NA ORISÁ OSUN, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelo AMOR nas uniões ( no sentido de paixão), e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de "Senhora do Ouro", que outrora era do Cobre, por ser o metal mais valioso da época.
Na natureza, o culto  A ORISÁ OSUN costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais. A ORISÁ OSUN é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém.
BATUQUÊ= NAÇÕES DE: KABINDA, OYÓ, JEJÊ, IJESÁ, NAGÔ, CONGÔ(TODAS CULTUADAS NO R.G. DO SUL): A ORISÁ OSUN é a dona do ouro o lastro do dinheiro, dona das paixões, é dona da misericórdia é a senhora das águas doces, lagos, rios e cachoeiras, A ORISÁ OSUN é também a dona da beleza,  A ORISÁ OSUN é a padroeira da gestação e da fecundidade, recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as durante a gravidez. Protege, também, as crianças pequenas até que comecem a falar, sendo carinhosamente chamada de Mamãe por seus devotos.
QUALIDADES DA ORISÁ OSUN
NO BATUQUÊ= NAÇÕES DE: KABINDA- OYÓ-JEJÊ-IJESÁ-NAGÔ E CONGÔ.
OSUN PANDA=(IPONDA) A GRANDE GUERREIRA que é a mãe do ORISÁ LOGUN-eDÉ, orisá menino REI DA NAÇÃO ILESÁ, filho da ORISÁ OSUN PANDA COM O ORISÁ ERINLÉ E NÃO COM O ORISÁ OSSOSI COMO ACREDITAM ALGUNS SEGUIMENTOS AFROS, O ORISÁ LOGUNe-DÉ compartilha dos  asés da ORISÁ OSUN. Ambos dançam ao som do ritmo ijesá, toque que recebe o nome de sua região de origem. A ORISÁ OSUN PANDA Usa um abebé (espelho de metal) nas mãos, uma alfange (adaga), por ser guerreira, e um ofá (arco e flecha) dourado, por sua ligação com O ORISÁ ERINLÉ= ( O QUAL NÃO É O ORISÁ OSSOSÍ E NEM UMA QUALIDADE DO MESMO). A ORISÁ OSUN IPONDA é uma das OSUNS  mais jovens.
OSUN PANDÁ YBEJÍ: ligada aos ORISÁS YBEJÍ.
  • OSUN IPONDÁ MIWÁ= PANDÁ MIÚA.
  • OSUN DEMUN: (YJIMÚN) LIGADA A FEITIÇARIA E AS YAMI SORONGA= (MINHA MÃE FEITICEIRA)
  • OSUN DOKÔ: Á MAIS VELHA DAS OSUNS A MATRIARCA PODEROSA.
  • OSUN KARE – OSUN LIGADA AO DINHEIRO MAIS DO QUÊ AO OURO, veste dourado, cor do ouro. Usa um abebé e um ofá e espada dourados.
  • OSUN GAMA: (Gama: Vodun feminino da mesma FAMILIA de Sakpatá, incorporado ao culto Yorubá como qualidade DA ORISÁ OSUN)
  • OSUN OMINÍBÚ
  • OSUN AJAGÚRA
  • OSUN IJÍMÚ.
  • OSUN IPETÚ.
  • OSUN ÈWUJI.
  • OSUN OBOTO ou ABÒTÒ.
  • OSUN IBOLA.
  • OSUN APARÁ - qualidade de OSUN, em que usa um abebé e um alfange (adaga) e espada e também ofá. Caminha com OYÁ, com quem muitas vezes é confundida. Diferente das outras OSUNS por ter enredo com muitos Orisás, vem acompanhada de OYÁ E ÒGÚN ONÍRÁ.
  • Dia da semana: SABADO
  • Data: 8 DE DEZEMBRO
  • Cores: AMARELA:(COM VARIAÇÕES NOS TONS DE AMARELO DEPENDENDO DA QUALIDADE)
  • Igbá= vasilha: bacia de louça, sopeira, 8 pratos, 8 buzios, 8 moedas, 8 idès=(braceletes de cobre), ouro e ferramentas.
  • Comidas: EBÔ AMARELO COM OIN=(CANJICA AMARELA COM OIN  = MÉL) Aberém, mugunzá, OMOLOKUN, opeté=( ipeté )e peixes de couro bem temperados e recheados.
  • Doces e frutas: quindins, bolos, papo de anjo, mamão, melão, manga, fruta do conde, mél, uvas rosas e uvas verdes.
Locais de oferenda: beira de lagos,cachoeiras, rios. (cemiterios, somente OSUN GAMA).
Ervas: gervão roxo, quaresmeira, folha da COSTA, onda do mar,   vassourinha, pinhão roxo, folha da fortuna, guanchuma, e outrás.
Sincretismo: Nossa senhora da conceição
Flores: crisantemos amarelos, lirios, rosas amarelas, sempre viva, onze horas.
Bebidas: suco de uvas rosadas e chanpanhe.
Velas: amarelas
Fios de contas: amarelos (em tons diferentes dependendo da qualidade de OSUN).
Animais: cabra, frangas amarélas, marrecos brancos, angóla e pombos.
Corpo: orgãos reprodutores femininos
Símbolos: abebè= (espelho) espada, escudo e as vezes ofá= (arco e flecha) coração.
Elementos: àgua, rios e cachoeiras, lagos
Região da África: IJESÁ, Nação: IJESÁ
Metal: OURO
Domínios: Vida, maternidade, fertilidade, sedução, UTERO, beleza, espelhos.
Crianças até começarem a andar.
Saudação: ORÍ YeYE O, ORA YEYEU, ORA YEYE O FIDEROMÃ, ORA YEYEU OSUN MAJAGURABÁ TUTU MI KÉ ELÈ PANDA O !!!
ARQUÉTIPO
As Características Dos Filhos da ORISÁ OSUN
Os filhos de OSUN amam espelhos, jóias caras, ouro, são impecáveis no trajar e não se exibem publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta, do cabelo e, as mulheres, da pintura.
As pessoas de OSUN são vaidosas, elegantes, sensuais, adoram perfumes, jóias caras, roupas bonitas, tudo que se relaciona com a beleza.
Talvez ninguém tenha sido tão  feliz para definir a filha de  OSUN como o pesquisador da religião africana, o  francês  Pierre fatunbi Verger, que escreveu: "o arquétipo  de OSUN é  das mulheres graciosas  e  elegantes,  com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das  mulheres  que são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e  sensuais, porém mais reservadas que as de OYÁ. Elas evitam chocar a opinião publica, á qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social".
Os filhos de OSUN são mais discretos, pois, assim com apreciam o destaque social, temem os escândalos ou qualquer coisa que possa denegrir a imagem de inofensivos, bondosos, que constroem cautelosamente. A imagem doce, que esconde uma determinação forte e uma ambição bastante marcante.
Os filhos de OSUN têm tendência para engordar; gostam da vida social, das festas e dos prazeres em geral. Gostam de chamar a atenção do sexo oposto.
O sexo é importante para os filhos de OSUN. Eles tendem a ter uma vida sexual intensa e significativa, mas diferente dos filhos de OYÁ ou de ÒGÚN. Representam sempre o tipo que atrai e que é, sempre perseguido pelo sexo oposto. Aprecia o luxo e o conforto, é vaidoso, elegante, sensual e gosta de mudanças, podendo ser infiel. Despertam ciúmes nas mulheres e se envolvem em intrigas.
Na verdade os filhos de OSUN são narcisistas demais para gostarem muito de alguém que não eles próprios, mas sua facilidade para a doçura, sensualidade e carinho pode fazer com que pareçam os seres mais apaixonados e dedicados do mundo. São boas donas de casa e companheiras.
São muito sensíveis a qualquer emoção, calmos, tranqüilos, emotivos, normalmente têm uma facilidade muito grande para o choro.
O arquétipo psicológico associado a OSUN se aproxima da imagem que se tem de um rio, das águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco
claro em termos de forma, cheio de meandros.
Faz parte do tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia persistente, porém discreta e, na aparência, apenas inconseqüente. Pode vir a ser interesseiro e indeciso, mas seu maior defeito é o ciúme. Um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade dos filhos de OSUN é compreensível como manifestação mais profunda: seus filhos tendem a ser fofoqueiros, mas não pelo mero prazer de falar e contar os segredos dos outros, mas porque essa é a única maneira de terem informações em troca.
É muito desconfiado e possuidor de grande intuição que muitas vezes é posta à serviço da astúcia, conseguindo tudo que quer com imaginação e intriga. Os filhos de OSUN preferem contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo de frente. Sua atitude lembra o movimento do rio, quando a água contorna uma pedra muito grande que está em seu leito, em vez de chocar-se violentamente contra ela, por isso mesmo, são muito persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando mesmo a ser incrivelmente teimosos e obstinados.
Entretanto, ás vezes, parecem esquecer um objetivo que antes era tão importante, não se importando mais com o mesmo. Na realidade, estará agindo por outros caminhos, utilizando outras estratégias.
OSUN é assim: bateu, levou. Não tolera o que considera injusto e adora uma pirraça. Da beleza à destreza, da fragilidade à força, com toque feminino de bondade.
Orìkí fún Òsun Ìba Òsun sekese Ìba Òsun olodi Latojoki awede we’mo Ìba Òsun ibu kole Yeye kari Latokoko awede we’mo Yeye opo O san rere o Àse Orìkí para Òsun Eu elogio a ORISÁ do mistério, ORISÁ que limpa de dentro para fora, Eu elogio a ORISÁ do rio, ORISÁ que limpa de dentro para fora Eu elogio a ORISÁ da sedução, Mãe do espelho ORISÁ que limpa de dentro para fora Mãe da abundância Nós cantamos seus elogios Asé !!!
ITÃN DA ORISÁ OSUN
Conta-se, que certo dia, A ORISÁ OSUN recebeu DO ORISÁ OBATALÁ, a ordem de iniciar o primeiro ser humano no culto aos Orisás.
Havendo selecionado entre muitos, aquele que viria a ser o primeiro iniciado, A ORISÁ OSUN tratou de seguir as orientações fornecidas pelo grande Orisá Funfun, contando para isto com o auxílio DOS VODUNS ELEGBARÁ e OSSAIN, além das orientações DE BABÁ ORUNMILÁ.
Todos os preceitos foram seguidos à risca e era BABÁ ORUNMILÁ, através da consulta ao oráculo, quem traduzia as orientações emanadas de OBATALÁ.
Ao fim da cerimônia, verificou-se uma total mudança na personalidade do iniciado que, de pessoa comum, transformou-se num ser excepcional, dotado de profundo sentimento religioso e plena dedicação ao culto para o qual havia sido preparado.
Diante deste fato, A ORISÁ OSUN, percebendo que jamais seria possível a obtenção de um ser humano de tantas qualidades, intercedeu junto ao Grande Orisá para que o sacerdote fosse preservado do toque de IKÚ=A MORTE. OBATALÁ, em sua imensa sabedoria, não querendo interferir na lei natural que determina que todos os seres vivos devem um dia ser entregues aos cuidados de Iku, admitiu a possibilidade de eternizar, apenas simbolicamente, aquele a quem foi confiada a propagação de sua própria religião e desta forma, ordenou que sobre sua cabeça fosse colocado o osú, transformando-o, imediatamente, numa ave a que deu o nome de Etú (galinha d'Angola)
ITAÑ DE OSUN
Conta-nos um itãn, que A
 ORISÁ OSUN queria muito aprender os segredos e mistérios da arte da adivinhação, para tanto, foi procurar O VODUN ELEGBARÁ, para aprender os princípios de tal dom. O VODUN ELEGBARÁ, muito matreiro, falou A ORISÁ OSUN que lhe ensinaria os segredos da adivinhação, mas para tanto, ficaria A ORISÁ OSUN sobre os domínios do VODUN ELEGBARÁ durante sete anos, passando, lavando e arrumando a casa do mesmo, em troca ele a ensinaria. E, assim foi feito, durante sete anos A ORISÁ OSUN foi aprendendo a arte da adivinhação que o VODUN ELEGBARÁ lhe ensinará e consequentemente, cumprindo seu acordo de ajudar nos afazeres domésticos na casa DO VODUN ELEGBARÁ. Findando os sete anos, OSUN E BARÁ, tinham se apegado bastante pela convivência em comum, e A ORISÁ OSUN resolveu ficar em companhia desse VODUN. Em um belo dia, O ORISÁ SÀNGÓ que passava pelas propriedades de ELEGBARÁ, avistou aquela linda donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de pronto agrado, foi declarar sua grande admiração para com A ORISÁ OSUN. Foi-se a tal ponto que SÀNGÓ, viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Oyó ? A ORISÁ OSUN rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de BARÁ. SÀNGÓ então irado por ter sido contrariado, sequestrou A ORISÁ OSUN e levou-a em sua companhia, aprisionando-a na masmorra de seu castelo. BARÁ, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência.Chegando nas terras de SÀNGÓ, ELEGBARÁ foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direcção do palácio do Rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava A ORISÁ OSUN, triste e a chorar por sua prisão e permanência na cidade do Rei. BARÁ, esperto e matreiro, procurou a ajuda de ORUNMILÁ, que de pronto agrado lhe cedeu uma poção de transformação para A ORISÁ OSUN desvencilhar-se dos domínios DO ORISÁ SÀNGÓ. BARÁ, através da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. A ORISÁ OSUN tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voou e pode então retornar em companhia de BARÁ para sua morada. 
ITÃN DE OSUN
 O Rio OSUN passa em um lugar onde suas águas são sempre abundantes. Por esta razão é que Larô, o primeiro rei deste lugar, aí instalou-se e fez um pacto de aliança com A ORISÁ OSUN.
Na época em que chegou, uma de suas filhas fôra se banhar. O rio a engoliu sob as águas. Ela só saiu no dia seguinte, soberbamente vestida, e declarou que A ORISÁ OSUN a havia bem acolhido no fundo do rio. Larô, para mostrar sua gratidão, veio trazer-lhe oferendas. Numerosos peixes, mensageiros da divindade, vieram comer, em sinal de aceitação, os alimentos jogados nas águas. Um grande peixe chegou nadando nas proximidades do lugar onde estava Larô. O peixe cuspiu água, que Larô recolheu numa cabaça e bebeu, fazendo, assim, um pacto com o rio. Em seguida ele estendeu suas mãos sobre a água e o grande peixe saltou sobre ela. Isto é dito em iorubá: Atewo gba ejá. O que deu origem a Ataojá, título dos reis do lugar. Ataojá declarou então: "OSUN GBÔ!"" A ORISÁ OSUN está em estado de maturidade, suas águas são abundantes."Dando origem ao nome da cidade de OSOGBÔ=(Oxogbô). Todos os anos faz-se, aí, grandes festas em comemoração a todos estes acontecimentos.

ITÃN DE OSUN
Orê Yeyê ô! A ORISÁ OSUN era muito bonita, dengosa e vaidosa. Como o são, geralmente, as belas mulheres. Ela gostava de panos vistosos, marrafas de tartaruga e tinha, sobretudo, uma grande paixão pelas jóias de cobre. Este metal era muito precioso, antigamente, na terra dos iorubás. Se uma mulher era elegante, possuía jóias de cobre pesadas. A ORISÁ OSUN era cliente dos comerciantes de cobre. Omiro wanran wanran wanran omi ro!"A água corre fazendo o ruído dos braceletes da  ORISÁ OSUN !" A ORISÁ OSUN lavava suas jóias, antes mesmo de lavar suas crianças. Mas tem, entretanto, a reputação de ser uma boa mãe e atende às súplicas das mulheres que desejam ter filhos. A ORISÁ OSUN foi a segunda mulher do ORISÁ SÀNGÓ. A primeira chamava-se ORISÁ OYÁ e a terceira ORISÁ OBÁ. A ORISÁ OSUN tem o humor caprichoso e mutável. Alguns dias, suas águas correm aprazíveis e calmas, elas deslizam com graça, frescas e límpidas, entre margens cobertas de brilhante vegetação. Numerosos vãos permitem atravessar de um lado a outro.Outras vezes suas águas, tumultuadas, passam estrondando, cheias de correntezas e torvelinhos, transbordando e inundando campos e florestas. Ninguém poderia atravessar de uma margem à outra, pois ponte nenhuma as ligava. A ORISÁ OSUN não toleraria uma tal ousadia! Quando ela está em fúria, ela leva para longe e destrói as canoas que tentam atravessar o rio. Olowu, o rei de Owu, seguido de seu exército, ia para a gerra. Por infelicidade, tinha que atravessar o rio num dia em que este estava encolerizado. Olowu fez  A ORISÁ OSUN uma promessa solene, entretanto, mal formulada. Ele declarou: " Se voce baixar o nível de suas águas, para que eu possa atravessar e seguir para a guerra, e se eu voltar vencedor, prometo a você nkan rere", isto é, boas coisas. A ORISÁ OSUN compreendeu que ele falava de sua mulher, Nkan, filha do rei de Ibadan. Ela Baixou o nível das águas e Olowu continuou sua expedição.Quando ele voltou, algum tempo depois, vitorioso e com um espólio considerável, novamente encontrou A ORISÁ OSUN com o humor perturbado. O rio estava turbulento e com suas águas agitadas. Olowu mandou jogar sobre as vagas toda sorte de boas coisas, as nkan rere prometidas: tecidos, búzios, bois, galinhas e escravos. Mel de abelhas e pratos de omolokun, iguaria onde suavemente misturam-se cebolas, feijão fradinho, sal e camarões. Mas A ORISÁ OSUN devolveu todas estas coisas boas sobre as margens. Era Nkan, a mulher de Olowu, que ela exigia. Olowu foi obrigado a submeter-se e jogar nas águas a sua mulher. Nkan estava grávida e a criança nasceu no fundo do rio. A ORISÁ OSUN, escrupulosamente, devolveu o recém-nascido dizendo: "É Nkan que me foi solenemente prometida e não a criança. Tome-a!". As águas baixaram e Olowu voltou tristemente para sua terra. O rei de Ibadan, sabendo do fim trágico de sua filha, indignado declarou: "Não foi para que ela servisse de oferenda a um rio que eu a dei em casamento a Olowu!" Ele guerreou com o genro e o expulsou do país.
ITÃN DE OSUN
Houve um tempo em que os orisás masculinos se reuniam para discutir sobre a vida dos mortais e não deixavam as ORISÁS femininas participarem das decisões. Aborrecida com isso, A ORISÁ OSUN fez com que as mulheres ficassem estéreis e então tudo deu errado na terra. Os orisás foram consultar *OLORUN* = *DEUS* e ele explicou que sem a presença da ORISÁ OSUN com seu poder sobre a maternidade, nada poderia dar certo. Os orisás, então, convidaram A ORISÁ OSUN para participar das reuniões: as mulheres voltaram a ser fecundas e todos os projetos dos orisás tiveram bom resultado.
ITÃN DE OSUN
A ORISÁ OSUN era a mais bela e amada filha DO ORISÁ OSALÁ. Dona de beleza e meiguice sem iguais, a todos seduzia pela graça e inteligência. A ORISÁ OSUN era também extremamente curiosa e apaixonada. E quando certa vez se apaixonou por um dos orisás, quis aprender com o ORISÁ ORUNMILA, o melhor amigo de seu pai, a ver o futuro. Como o cargo de olwô (dono do segredo) não podia ser ocupado por uma mulher, O ORISÁ ORUNMILÁ, já velho, recusou-se a ensinar o que sabia A ORISÁ OSUN.
A ORISÁ OSUN então seduziu O VODUN ELEGBARÁ, que não pôde resistir ai encanto de sua beleza e pediu-lhe roubasse o jogo de ikin (cascas de coco de dendezeiro) do ORISÁ ORUNMILÁ. Para assegurar seu empreendimento A ORISÁ OSUN partiu para a floresta em busca das Iyami Oshorongá, as perigosas feiticeiras africanas, a fim pedir também a elas que a ensinassem a ver o futuro. Como as Iyami desejavam provocar O VODUN ELEGBARÁ há tempos, não ensinaram A ORISÁ OSUN a ver o futuro, pois sabiam que O VODUN ELEGBARÁ já havia roubado os segredos do ORISÁ ORUNMILÁ, mas a fazer inúmeros feitiços em troca de que a cada um deles elas recebessem sua parte. Tendo ELEGBARÁ conseguido roubar os segredos de ORUNMILÁ, o ORISÁ da adivinhação se viu obrigado a partilhar com A ORISÁ OSUN os segredos do oráculo e lhe entregou os 16 búzios com que até hoje as mulheres jogam. A ORISÁ OSUN representa, assim a sabedoria e o poder feminino. Em agradecimento a AO VODUN ELEGBARÁ, A ORISÁ OSUN deu ao VODUN ELEGBARÁ a honra de ser o primeiro VODUN a ser louvado no jogo de búzios, e entrega a eles suas palavras para que as traga aos sacerdotes. Assim, A ORISÁ OSUN é também a força da vidência feminina. Mais tarde, A ORISÁ OSUN encontrou O ORISÁ ERINLÉ na mata e apaixonou-se por ele. A água dos rios e floresta tiveram então um filho, chamado Logun-Edé, a criança mais linda, inteligente e rica que já existiu. Apesar do seu amor por ERINLÉ, numa das longas ausências destes, A ORISÁ OSUN foi seduzida pela beleza, os presentes (A ORISÁ OSUN adora presentes) e o poder do ORISÁ SÀNGÓ, , irmão de ERINLÉ, rompendo sua união com o ORISÁ da floresta e da caça. Como ORISÁ SÀNGÓ não aceitasse LOGUN-eDÉ em seu palácio, A ORISÁ OSUN abandonou seu filho, usando como pretexto a curiosidade do menino, que um dia foi vê-la banhar-se no rio. A ORISÁ OSUN pretendia abandoná-lo sozinho na floresta, mas o menino se esconde sob a saia da ORISÁ YNHANÇÃ  a ORISÁ  dos raios que estava por perto. A ORISÁ OSUN deu então seu filho a YNHANÇÃ e partiu com SÀNGÓ tornando-se, a partir de então, sua esposa predilecta e companheira quotidiana.
ITÃN DE OSUN
O ORISÁ OSALÁ, em suas caminhadas pelo mundo, iria passar pela NAÇÃO da  ORISÁ OSUN, onde pretendia parar e descansar.
O VODUN BARÁ, mensageiro dos ORISÁS, correu para avisar A ORISÁ OSUN que o grande ORISÁ FUN-FUN estava a caminho de sua cidade. Era preciso organizar uma grande recepção, pois a visita era muito importante para todos. Ela, então, apressou-se com os preparativos da festa, ordenando a limpeza de todas as casas e lugares públicos da aldeia, bem como que os enfeites utilizados fossem da cor branca. A ORISÁ OSUN cuidou pessoalmente da ornamentação e limpeza de seu palácio, pois tudo tinha que estar perfeito, à altura de DO OBÁ NLÁ FUN-FUN=(GRANDE REI DO PANO BRANCO.
Com tantos afazeres importantes, em tão curto espaço de tempo, A ORISÁ OSUN não se lembrou de convidar as Iya-mi osorongá=(minhas mães feiticeiras) para a grande festa.
As feiticeiras não perdoaram essa desfeita. Sentindo-se muito desprestigiadas, resolveram desmoralizar A ORISÁ OSUN perante os convidados.
No dia da chegada do GRANDE PAI OSALÁ à cidade, Oxorongá entrou disfarçada no palácio para colocar, no assento do trono da ORISÁ OSUN, um preparado mágico, que não fora notado
Por ninguém.
Toda a cidade estava impecavelmente limpa e ornamentada. O palácio da ORISÁ OSUN, que fora caprichosamente preparado, tinha seus móveis e utensílios cobertos por tecidos de uma alvura imaculada. Branca também seria a cor das roupas utilizadas na cerimônia.
O ORISÁ OSALÁ finalmente chegou, sendo respeitosamente reverenciado numa grande demonstração de fé e admiração ao grande mensageiro da paz.
A ORISÁ OSUN, sentada em seu trono, esperava com impaciência a entrada de OSALÁ em seu palácio, quando iria oferecer-lhe seu próprio assento. Mas, ao tentar levantar-se, percebeu que estava presa em sua cadeira e, por mais força que fizesse, não conseguia soltar-se. O esforço que empreendeu foi tão grande, que, mesmo ferida, conseguiu ficar em pé, mas uma poça de sangue havia manchado suas roupas e também sua cadeira.
Quando OSALÁ viu aquele sangue vermelho no trono em que se sentaria, ficou tão contrariado, que saiu imediatamente do recinto, sentindo-se muito ofendido.
A ORISÁ OSUN, envergonhada com o acontecido, não conseguia entender porque havia ficado presa em sua própria cadeira, uma vez que ela mesma tinha cuidado de todos os preparativos.
Escondendo-se de todos, foi consultar o oráculo de IFÁ para obter um conselho. O jogo, então, lhe revelou que Osorongá havia colocado feitiço em seu assento, por não ter sido convidada.
BARÁ, a pedido de OSUN, foi em busca do grande pai, para relatar-lhe o ocorrido.
OSALÁ retornou ao palácio, onde a grande mãe das águas estava sentada de cabeça baixa, muito constrangida. Quando ela o viu, começou a abanar seu abebe, transformando o sangue de suas roupas em penas vermelhas, que, ao voar, caíram sobre a cabeça de todos os que ali estavam, inclusive a de OSALÁ. Em reconhecimento ao esforço que ela empreendeu para homenageá-lo, ele aceitou aquela pena vermelha (ekodide), prostrando-se à sua frente, em sinal de agradecimento.
A partir de então, essa pena foi introduzida nos rituais de feitura.
ITÃN DE OSUN
Uma jovem muito pobre, conhecida pelo nome de Iyalode, era muito astuta e ambiciosa, o que a tornava perigosa.
Pretendendo melhorar sua situação, Iyalode foi consultar Ifá, na esperança de receber as orientações necessárias. No decorrer da consulta, surgiu o Odu Oshe Meji, que prescreveu um sacrifício que Iyalode tratou logo de oferecer.
No dia seguinte, quando passava pela porta do palácio do rei Oba Nla, a jovem foi acometida de uma fúria inexplicável e pôs-se, em altos brandos, a culpar o rei pela situação de miséria em que vivia.
"O rei é um perverso insensível." gritava a jovem, "tem o que deseja e por isso não se incomoda com a miséria de seus súditos!". As pessoas que passavam, ao ouvirem as acusações feitas pela jovem, tomaram partidos diferentes, alguns achando que ela estava coberta de razão, enquanto outros defendiam Oba Nla, por conhecerem sua bondade e senso de justiça.
Ao ser informado do que estava ocorrendo, o rei ordenou que a moça fosse imediatamente conduzida a sua presença, para um entendimento pessoal.
Frente a frente com o rei, Iyalode relatou suas desditas, chorou suas magoas e falou de seus sonhos de jovem. Impressionado com a coragem da moça e com a sinceridade que marcava o seu caráter, Oba Nla, mandou que lhe fosse dado um aposento no palácio, onde a partir de então, a jovem passou a residir cercada de todo o luxo e conforto que sempre desejou desfrutar, ficando desde então, encarregada de todo o ouro que pertence a Oba Nla.
ITÃN DE OSUN
A ORISÁ OSUN, filha de Oorum=sol com Aorum+lua, com sua sagacidade não media esforços para conquistar o que desejava. Valendo-se de sua sensualidade e astúcia, ludibriou ELEGBARÁ para ficar com seu ouro; foi capaz de enganar OBÁ, a fim de gozar exclusivamente do amor de SÀNGÓ.
Com seu maravilhoso coração sempre pronto a ajudar e agradar, ela não abandonou NÁNÃ que foi banida do reino, conquistou a simpatia de SAPANÃ, deu água a OSALÁ em seu leito quando este estava doente, presenteou YEWÁ com a gruta e auxiliou ERINLÉ, a criar LOGUN-eDÉ
Protetora dos fetos, recém-nascidos, ginecologista, obstectra, comunicadores, pessoas ligadas à beleza estética e todos os médiuns.
ITÃN DE OSUN
Diz o itãn quê  A ORISÁ OSUN era a mais bela e amada filha de OSALÁ. Dona de beleza e meiguice sem iguais, a todos seduzia pela graça e inteligência. A ORISÁ OSUN era também extremamente curiosa e apaixonada. E quando certa vez se apaixonou por um dos orixás, quis aprender com ORUNMILÁ, o melhor amigo de seu pai, a ver o futuro. Como o cargo de olwô (dono do segredo) não podia ser ocupado por uma mulher, ORUNMILÁ, já velho, recusou-se a ensinar o que sabia A ORISÁ OSUN.
OSUN então seduziu BARÁ, que não pôde resistir ai encanto de sua beleza e pediu-lhe roubasse o jogo de ikin (cascas de coco de dendezeiro) de ORUNMILÁ. Para assegurar seu empreendimento OSUN partiu para a floresta em busca das Iyami Osorongá, as perigosas feiticeiras africanas, a fim pedir também a elas que a ensinassem a ver o futuro. Como as Iyami desejavam provocar BARÁ há tempos, não ensinaram A ORISÁ OSUN a ver o futuro, pois sabiam que ELEGBARÁ já havia roubado os segredos de ORUNMILÁ, mas a fazer inúmeros feitiços em troca de que a cada um deles elas recebessem sua parte.
Tendo ELEGBARÁ conseguido roubar os segredos de ORUNMILÁ, o ORISÁ da adivinhação se viu obrigado a partilhar com A ORISÁ OSUN os segredos do oráculo e lhe entregou os 16 búzios com que até hoje as mulheres jogam. A ORISÁ OSUN representa, assim a sabedoria e o poder feminino.
Em agradecimento a BARÁ, A ORISÁ OSUN deu a ELEGBARÁ a honra de ser o primeiro VODUN a ser louvado no jogo de búzios, e entrega a eles suas palavras para que as traga aos sacerdotes. Assim, OSUN é também a força da vidência feminina.
Mais tarde, A ORISÁ OSUN encontrou O ORISÁ ERINLÉ na mata e apaixonou-se por ele. A água dos rios e floresta tiveram então um filho, chamado LOGUN-eDÉ, a criança mais linda, inteligente e rica que já existiu.
 Apesar do seu amor por ERINLÉ, numa das longas ausências destes A ORISÁ OSUN foi seduzida pela beleza,  e os presentes (OSUN adora presentes) e o poder de SÀNGÓ, irmão de ERINLÉ, rompendo sua união com o um dos ORISÁS da floresta e da caça. Como SÀNGÓ não aceitasse LOGUN-eDÉ em seu palácio, OSUN abandonou seu filho, usando como pretexto a curiosidade do menino, que um dia foi vê-la banhar-se no rio. A ORISÁ OSUN pretendia abandoná-lo sozinho na floresta, mas o menino se esconde sob a saia de YNHANÇÃ a ORISÁ dos raios que estava por perto. A ORISÁ OSUN deu então seu filho a YNHANÇA e partiu com Xangô tornando-se, a partir de então, sua esposa predileta e companheira quotidiana.
ITÃN DE OSUN E O OURO
A Grande Festa
De tempos em tempos, todas as tribos dos ORISÁS se reuniam, para fazer a troca de energia entre eles. O VODUN ELEGBARÁ, como era muito exibido, achou por bem levar sua última descoberta, para mostrá-la a todos.
ORISÁ ODÉ, o grande caçador, trouxe um grande animal de infinita beleza, para alimentar a todos, ofertou frutas e legumes em enormes OBERÓS=(alguidares).
ORISÁ ÒGÚN mostrou a todos a nova arma que forjara e logo tratou de abater o bicho trazido pelo caçador.
AS ORISÁS OBÁ E OSUN, que sempre colocavam à prova suas habilidades culinárias, ofereciam as mais diversas iguarias.
O VODUN SAPANÃ, com toda sua humildade, contou sobre as novas doenças que conheceu em suas últimas andanças. O VODUN OSSAYN, do meio da mata, ensinou sobre novas ervas de cura. Cada ORISÁ E VODUN tinha uma novidade para oferecer aos outros.
A certa altura da festa, o VODUN ELEGBARÁ tirou de seu asó=(roupa) um objeto que parecia ter luz própria e ergueu-o sobre sua cabeça, neste momento ÒGÚN E OSALÁ pararam de falar, ODÉ
 fez calar os atabaques, OYÁ, YEMANJÁ e OSUN pararam de dançar, SÀNGÓ, OBÁ e SAPANÃ deixaram de comer, NANÃ, OSUMARE e YEWÁ abandonaram suas tendas, todos deixaram o que estavam fazendo para admirarem o maravilhoso artefato.
Percebendo a estupefação de todos os ORISÁS, VODUNS e suas tribos frente a sua descoberta, O VODUN ELEGBARÁ encheu-se de satisfação e desfilou entre os presentes, para que todos pudessem ver de perto a esfera dourada, sem deixar ninguém tocá-la. A cada comentário, a cada sussurro de surpresa, ele girava num pé só e delirava, a energia que sentia em seu corpo podia fazê-lo levitar.
- Vejam - sussurravam alguns presentes – ELEGBARÁ pegou um pedaço do ORUN!
- Que objeto maravilhoso! Diziam os mais estupefatos - que provas teve ele que vencer para conseguir tal artefato?
Esses eram alguns dos comentários que corriam entre os mais entusiasmados. Como ele tinha os ouvidos apurados, gostou da idéia, viu nisto uma forma de aumentar sua glória. Frente aos ansiosos pedidos de lhes revelar o que ele havia feito para obter a esfera dourada ele disse com soberba.
- Cansado de explorar a Terra, que parece já não ter mistérios que alimentem minha ânsia do saber, descobri um modo de ir a outros lugares do universo (mentira), perambulando pelos astros passei pelo ORUN, de onde tive a idéia de tirar este pedaço do astro rei, para provar a minha bravura.
Depois do instante de silêncio que sucedeu à narrativa, um alarido tomou conta do lugar, enquanto uns duvidavam da sua história, outros se entregavam à sua inigualável intrepidez, fazendo-lhe os mais diversos elogios.
A ORISÁ OSUN, filha de ORUN e a mais bela YÁBÁ de toda Terra, sentiu suas pernas tremerem e sua boca secar, dirigindo-se para sua tenda, pensou consigo: "Ah! Como meu querido pai pôde consentir que este esnobe o visitasse, sendo que eu, sua querida filha, nunca pude sequer fitá-lo daqui? Como este convencido se atreve a pegar um pedaço de meu pai?" Durante um bom tempo ela permaneceu calada, sua ira confundia-se com sua tristeza. Quando sua mente parou de pensar por um instante na audácia de ELEGBARÁ, ela atinou um plano: decidiu ter o objeto que acreditava ser um pedaço de ouro do sol do ORUN, fazendo-se valer de sua beleza para seduzir o presunçoso rufião.
A SEDUÇÃO DE OSUN
A bela YÁBÁ, sabendo do profundo amor que o fanfarrão tinha por ela (o mesmo fizera questão de espalhar pelos quatro cantos do mundo, dizendo que ela um dia seria dele), foi com suas mucamas para da tenda de ELEGBARÁ, ofertando-lhe um vinho, cuja safra deixava inveja ao néctar dos ORISÁS. Ele não escondeu a surpresa e a satisfação de ter sua amada procurando sua companhia, de um salto ordenou aos convivas que se afastassem, alegando ter que dar atenção à YÁBÁ. Convidou-a educadamente a dividir seu aconchego, oferecendo uma deliciosa carne provinda da caça de ODÉ. Deixando-se levar por seus prazeres, ELEGBARÁ entregou-se totalmente aos encantos de A ORISÁ OSUN, sem tirar nenhum momento os olhos da bela YÁBÁ, cujas madeixas eram enfeitadas com flores amarelas. Para agrada-la ainda mais, pediu a seus serviçais que enfeitassem sua tenda com tecidos amarelos que eram a cor preferida dela.
A ORISÁ OSUN dócil e sensual, apesar de ter várias mucamas, tomava para si a tarefa de colocar uvas e os nacos de carne mal passada na boca do rufião, que a cada mastigada gemia de prazer, que com certeza não eram simplesmente pelo maravilhoso gosto do alimento. De quando em quando ele jogava-se no colo dela com a boca aberta, apontando para a quartinha de vinho, fingindo uma incontrolável impotência. Ela, por sua vez, graciosamente pegava e virava o recipiente com tal precisão que nenhuma gota caía. Depois de saborear o gole de tão sagrado líquido, uivava feito um animal no cio, chacoalhando os braços e a cabeça, deixando o suor do seu corpo espalhar-se pelo aposento, às vezes chegava a levantar-se e saltar, deixando-se levar pelo ímpeto do êxtase. Nesta ora bastava a YÁBÁ tocar-lhe docilmente, para amansá-lo e fazer com que deitasse de novo ao seu lado. Difícil saber qual prazer era maior: por um lado ELEGBARÁ  gozava o prazer de ter a seu lado uma YÁBÁ, cuja beleza encantava a qualquer ser, e ele nunca pôde chegar tão perto dela, mal podia acreditar no que acontecia, por outro lado A ORISÁ OSUN deleitava-se ao ter sob seu domínio tão viril e indomável rufião, cuja sagacidade e disposição todos invejavam.
Depois de muito beber, ele se entregou por inteiro aos encantos da YÁBÁ, que, com toda sua infinita sedução, tentava convencê-lo a mostrar-lhe a caverna onde ele habitava. Entorpecido pelo vinho e pela beleza dela, concordou em revelar esse grande segredo.
Depois da festa ELEGBARÁ dispensou os serviçais e saiu pela mata carregando A ORISÁ OSUN nos braços, fazendo cumprir o que prometera. O caminho era longo e, mesmo sob os afagos infalíveis dela, ele ia pensando no que estava preste a fazer, se valeria à pena ou não. Chegando perto de sua gruta, ELEGBARÁ deu ouvido à sua intuição e fez um encanto, colocando a YÁBÁ para dormir, para ela não saber onde era a entrada de sua morada, assim não haveria arrependimento de forma alguma.
OSUN ENTRA NA GRUTA DE ELEGBARÁ
A ORISÁ OSUN acordou num lugar iluminado por labaredas que saiam de fendas no chão, estava deitada sobre macias peles de animais que não dava para precisar quais eram. Sobre sua cabeça havia centenas de estalactites no teto da ampla caverna, cuja cor estava perto do laranja ou vermelho, dependendo da oscilação das chamas. Quando se levantou, observou que aos pés dos aposentos uma cesta repleta de mamões, seus frutos prediletos. Num giro pelo lugar pôde ver a amplitude da caverna que era repleta de aberturas laterais, eram como portas que poderiam dar em qualquer lugar.
Indignada começou a rodar em volta de si e gritar desesperada:
- BARÁ, BARÁ, onde está você? Por que me abandonou aqui?
Sua voz ecoava pela caverna fazendo parecer que havia muitas pessoas lá arremedando sua voz, isto irritava fazendo com que ela colocasse as mãos aos ouvidos e ajoelhar-se no chão. Depois de muito choro e lamentos, decidiu calar-se. Quando se levantou para arriscar entrar em uma das aberturas da caverna, ouviu um barulho que parecia ser de alguém que chegava.
 De uma das aberturas atrás dela surgiu sorridente ELEGBARÁ, perguntando docilmente:
- Oh! Minha amada, já acordou? Desculpe-me a ausência, precisei retirar-me por um instante apenas para guardar o meu pedaço de ouro do sol do ORUN.
- Você não cumpriu o combinado! Trazia-me no colo e, de repente, acordei aqui sozinha, sem nem saber como aqui cheguei! Disse ela furiosa.
- Nada posso fazer, se no meio do caminho você adormeceu. Mas não vejo onde não cumpri o combinado, já que você agora conhece minha caverna. Não se alegra ao saber que é a única a conhecê-la? Disse ele astutamente deitando-se sobre as peles.
Vendo a possibilidade de seu plano ir por água abaixo, ela se jogou ao chão e começou a chorar.
Comovido pelos soluços da YÁBÁ, ele chegou perto e lhe acariciou os cabelos, tirando deles as pétalas das flores soltas. Percebendo a comoção dele, ela chorava mais e mais.
- Não é necessário tal pranto, o que fiz eu de errado? Perguntou ELGBARÁ pacientemente.
- Nada - disse ela, enxugando as lágrimas do rosto com as mãos - eu que sou uma tola. Como posso estar aqui aos prantos na presença de tão viril e belo VODUN?
- Então por que chora? Disse ele totalmente embebido em sua vaidade.
- É que eu gostaria de tocar o pedaço do Sol, uma vez que é parte dos meus pais, que há muito me deixaram em nome de iluminar o mundo em que vivo. Sinto que isto me faria matar um pouco da saudade que sinto deles.
- Sinto seu pesar, mas acredito que tal objeto só aumentará a falta que sente! Disse ELEGBARÁ, procurando esquivar-se.
- Engano seu, eu sei que será bom para mim! Ela insistiu.
- Bom! Então eu vou buscar! Concluiu virando-se em direção à abertura de onde saíra há pouco.
- Não! Espere! Eu não vou ficar aqui só de novo! Falou, correndo atrás do rufião.
- Lamento, mas não poderá ir até minha gruta secreta! ELEGBARÁ mostrou-se arredio.
- Por que não quer que eu vá até sua câmara secreta, se nem sequer sei chegar até aqui.
ELEGBARÁ pensou por um momento e caiu diante do argumento da YÁBÁ, concordando que ela não oferecia perigo nenhum.
Os dois iam pelas grutas, enquanto ELEGBARÁ, esperto, entrava em várias aberturas, procurando deixá-la desnorteada. A ORISÁ OSUN, usando de toda sua sagacidade, foi jogando pelo caminho as pétalas das flores que estavam em suas melenas, com o máximo cuidado, para ele não perceber.
Quando chegou à câmara secreta de ELEGBARÁ, ela ficou maravilhada, ao ver tantos pertences valiosos, e não economizou elogios ao rufião, que parecia desmanchar-se a cada palavra. Ele se abaixou e pegou a bola brilhante e entregou nas mãos dela. Uma sensação esquisita tomou conta da YÁBÁ, tal objeto mostrou que exercia uma imensa força sobre seu ser, um forte desejo de ter o pedaço de a qualquer custo, seus olhos brilhavam e espelhavam os pensamentos maléficos que passavam pela sua mente, fazendo com que tirasse os pés do chão por um instante, várias ideias sem nexo boiavam na sua cabeça, o brilho da esfera fazia sua cabeça girar, girar...
- OSUN ! OSUN! Este é o presente que ganhei de IFÁ, o jogo de búzios - disse ELEGBARÁ entregando a ela as conchas.
As palavras dele trouxeram-na de novo a realidade, ela, como se tivesse acordado de um sonho, entregou-lhe a bola com uma imensa dor e pegou o jogo.
- Veja! É através deste jogo que fico sabendo presente, passado e futuro...
- Maravilhoso! Disse ela, pegando as conchas e comprimindo-as ao corpo como se quisesse que elas atravessassem sua pele, num estado hipnótico. Chegou a pensar em IFÁ, seu tio, com ressentimento.
Enquanto ELEGBARÁ mostrava seus tesouros, ela não parava de pensar em como adquirir a bola dourada, às vezes soltava um elogio furtivo, tentando disfarçar seu intento.
Depois de saciada a curiosidade dela, ele a levou para os seus aposentos, para eles se deleitarem. Sem esquecer seu plano, a bela YÁBÁ entregou-se a um grande momento de amor, fazendo o rufião suar, uivar e gastar sua energia, falando falsas palavras de amor eterno com as quais ele delirava. Depois de muito tempo, o grande vigor dele caiu por terra, ela o levara à exaustão, fazendo-o cair em sono profundo.
 Quando teve a certa de ele não levantaria, ela, seguindo as pétalas pelo chão, correu para o esconderijo na intenção de resgatar o objeto que, para ela, pertenciam-lhe por direito. Chegando à câmara secreta ela se abaixou para pegar a esfera, viu os búzios e decidiu levá-los também. Rapidamente ela pegou um pedaço de seu asó, fez uma trouxa onde ocultou os objectos e silenciosamente voltou para os aposentos. Na ânsia de obter o que queria, ela se esqueceu de como faria para sair dali, olhava para as aberturas na caverna e começou a sentir-se tonta. De repente prestou a atenção nas labaredas que saiam do chão e constatou que de uma das aberturas sobrava um vento quase imperceptível. Usando toda sua intuição, foi seguindo a brisa pelas aberturas da caverna.
Ao despertar todo amoroso, ele procurou A ORISÁ OSUN pelos seus aposentos na intenção de elogiá-la pela grande noite de amor. Quando descobriu que ela não estava, ele correu para a sua câmara secreta, lá deu falta de seus bens preciosos. Cuspindo fogo por toda caverna, ELEGBARÁ decidiu vingar-se. Foi correndo e vociferando pela gruta em direção à saída. 
A ORISÁ OSUN já estava quase saindo, quando ouviu o eco dos berros de ELEGBARÁ. Procurando preservar-se, ela correu sem olhar para trás. Ele saiu da caverna emanando fogo para todos os lados, fazendo a floresta arder em fogo. Quando avistou um rio, ela mergulhou em suas águas, para fugir das chamas.
A BUSCA DO VODUN ELEGBARÁ A
ORISÁ OSUN, sabendo que O VODUN ELEGBARÁ não descansaria enquanto não a encontrasse, saiu espalhando, pelas tribos por onde passava, que resgatara os bens valiosos que lhe foram roubados e que ele havia mentido quando disse a todos que eram suas descobertas. Por conta das peripécias dele e sua grande capacidade de inventar histórias, todos tenderam a acreditar na YÁBÁ, dando-lhe cobertura na fuga, mas sem lhe dar guarida, por temerem perder a simpatia dele.
Diante da dificuldade em se esconder, ela decidiu pedir abrigo ao ORISÁ ODÉ, seu grande amor(UM DE SEUS GRANDES AMORES). Depois de ouvir a versão dela, ele decidiu abrigá-la em sua mata. O caçador tinha ciência de que o sagaz cafião não a incomodaria, enquanto estivesse por perto, mas sabia que, quando fosse caçar, nada deteria o furioso VODUN, assim aconselhou A ORISÁ OSUN a procurar A GRANDE MÃE A ORISÁ YEMANJÁ, cujo reino ficava no fundo do mar.
Depois de uma longa busca, O VODUN ELEGBARÁ ficou sabendo onde a ORISÁ da beleza estava escondida. Inconformado ele foi ao reino de sua mãe, com a certeza de que ela o ouviria a ponto de fazer A ORISÁ OSUN devolver-lhe seus bens preciosos.
Ele foi bem recebido, mas A ORISÁ YEMANJÁ À YÁ NLÁ=(A GRANDE MÃE) parecia ressabiada com a presença dele.
- Minha mãe! Disse ele com reverência.
- Meu filho! O que o traz por estes lados? Indagou tentando disfarçar. - Minha mãe deve saber o motivo de minha inusitada visita, já que não costumo vir a seu belo reino. ELEGBARÁ ironizou.
- Bom! Já deveria saber que não viria aqui simplesmente para me ver.
- Já sei que A ORISÁ OSUN deve ter contado sua versão, fiquei sabendo em algumas tribos por onde passei. Espero que pelo menos a senhora minha mãe acredite na minha versão - falou curvando-se em respeito à benevolente YÁBÁ ORISÁ YEMANJÁ,
- Como posso acreditar em suas histórias, sendo que já mentiu tanto para todos. Quem pode me assegurar que conta a verdade agora? Desafiou A ORISÁ YEMANJÁ.
- Como pode preterir seu próprio filho, para proteger uma YÁBÁ tão perversa!
Ele levantou, soltando chispas pelos olhos, fincou o pé no chão, levantou seu tridente e continuou furioso.
- Minha mãe pode escondê-la por enquanto, mas não sossegarei enquanto não obtiver o que por direito me pertence!
Ele virou-se de costas para A ORISÁ YEMANJÁ, mostrando indignação e desrespeito, e saiu rapidamente, deixando suas pegadas ardendo em fogo no caminho que tomou para sair do reino.
À medida que andava, O VODUN ELEGBARÁ sentia a fúria transformar-se em consternação: como sua mãe escolheu proteger A ORISÁ OSUN que o roubara?
OS ORISÁS OSALÁ E SÀNGÓO vinham conversando animados pelo caminho, andavam em direção ao reino da ORISA YEMANJÁ. Falavam sobre a evolução dos reinos, as guerras e as doenças. Às vezes riam, às vezes calavam-se, buscando levantar novos assuntos para deliberarem. Foi num intervalo destes que O ORISÁ SÀNGÓ avistou mais à frente alguém caminhando cabisbaixo.
- Olhe meu ‘pai’, aquele não é O VODUN ELEGBARÁ? Perguntou O ORISÁ SÀNGÓ, apontando na direção do rufião.
- Sim! Mas o que aconteceu para estar tão absorto? Indagou O ORISÁ OSALÁ.
O VODUN ELEGBARÁ  nunca foi visto daquele jeito, sempre aparecia animado, sorridente e sempre atento, prestes a pregar a peça em alguém. Tal comportamento despertava o interesse de qualquer um que o visse.
- O que aconteceu com você, meu filho? Indagou O ORISÁ OSALÁ, ao chegar perto do VODUN ELEGBARÁ - Parece que é algo muito grave!
O tristonho contou-lhes o que sucedera: a conduta da ORISÁ OSUN e o desprezo de sua mãe A ORISÁ YEMANJÁ QUÊ TANTO O AMAVA.
Frente à atitude de sua amada, A ORISÁ YEMANJÁ, O ORISÁ OSALÁ começou a desconfiar dele, devido seus antecedentes, já que tanto ele quanto O ORISÁ SÀNGÓ não sabiam do ocorrido. Frente ao relato, ele disse em tom punitivo, apoiando-se em seu cajado:
- Vejo que você não tem jeito! Sempre arrumando confusão! Ordeno...
- Espere, meu ‘pai’! Atalhou O ORISÁ SÀNGÓ - acredito que, antes de condená-lo, deveríamos ouvir A ORISÁ OSUN, para sabermos o que realmente aconteceu.
Diante do conselho de tão justo do ORISÁ SÀNGÓ, O ORISÁ OSALÁ pensou e decidiu ouvir a versão da ORISÁ OSUN.
Os três dirigiram-se para o reino da ORISÁ YEMANJÁ rapidamente, OSALÁ ouvia os conselhos de SÀNGÓ, enquanto ELEGBARÁ não dizia uma palavra.
O ‘senhor do fogo’ não quis entrar no reino, seguiram então OSALÁ e SÀNGÓ, ansiosos para encontrarem A ORISÁ OSUN.
 Uma vez no reino de YEMANJÁ, OSALÁ pediu que a bela YABÁ viesse a sua presença, para relatar-lhes o acontecido. Ela então veio e contou sua versão, chorando e soluçando. Quando o supremo tendia a acreditar na história dela, SÀNGÓ interviu, dizendo que seria necessário colocar os dois frente a frente, para apurar quem dizia a verdade.
A ORISÁ OSUN mostrou-se resistente perante a ideia, temendo ser desmascarada, alegou estar com medo da fúria de ELEGBARÁ. Sentindo que algo de errado havia na recusa, OSALÁ prometeu que nada lhe aconteceria e convocou todos os ORISÁS E VODUNS para um conselho.
ITÃN O Julgamento de OSALÁ
Ao contrário das festas, apenas os orisás    e voduns estavam presentes no conselho. A VODUN NANÃ BOROKÊ, esteve presente. Ela recusava-se a chegar perto dos rufiões e, se pudesse opinar, certamente condenaria O VODUN ELEGBARÁ, além de odiar qualquer ser masculino, adorava A ORISÁ OSUN, a única que foi visitá-la e presenteá-la após ter sido banida do reino pelo ORISÁ OSALÁ.
O VODUN OSSAIN, embora não sendo visto por ninguém, fazia-se presente, de quando em quando assobiava e ria. Muitas versões corriam entre todos, muitas delas já haviam sofrido os efeitos do boca-a-boca transformando-se nas mais absurdas histórias.
O ORISÁ SÀNGÓ prostrou-se ao lado do ORISÁ OSALÁ, enquanto O VODUN ELEGBARÁ e A ORISÁ OSUN ficaram em pé frente a frente no centro do conselho. Os olhos de fogo soltavam chispas, enquanto os olhos d’água dela lacrimejavam.
- Com o poder que me foi concedido por *OLORUN*, o criador, convoquei a todos, para presenciarem este julgamento. Espero que todos tomem por conhecimento o que virem e ouvirem hoje! Falou O ORISÁ OSALÁ com eloqüência. Sob os olhos dele, O ORISÁ SÀNGÓ conduziu o julgamento. Pediu ao VODUN ELEGBARÁ e A ORISÁ OSUN que contassem suas versões. Depois chamou IFÁ para esclarecer sobre os búzios.
Com o coração partido, já que tinha que desmentir a versão de sua sobrinha e filha de criação, contou a todos como e porque deu o jogo ao crufião. À medida que IFÁ relatava, O VODUN ELEGBARÁ enchia-se de razão e A ORISÁ OSUN ia curvando-se sobre si.
- IFÁ ! Disse O ORISÁ OSALÁ: acredito que não agiu certo dando tão poderoso jogo a um só ORISÁ!
- Sim, ORISÁ OSALÁ ! Eu concordo. Para corrigir isto - disse IFÁ, pegando os búzios e jogando-os para o céu - determino que a partir de agora cada búzio representará um orisá no jogo. E como a princípio eu o dei ao  VODUN ELEGBARÁ=(BARÁ), todos que forem consultar este jogo deverão pedir permissão a ele.
Para esclarecer sobre a esfera, ODUDUÁ fez-se presente.
- Venho falar em verdade, pois presenciei o fato. O VODUN ELEGBARÁ, preso em sua ambição, retirou esta bola brilhante de uma aldeia, que ruiu pela falta de tal artefato e, mesmo tendo sido alertado do que poderia acontecer, nem sequer se abalou.
Após o relato da ‘mãe natureza’ houve um burburinho entre os presentes, O VODUN ELEGBARÁ abaixou a cabeça e cerrou os punhos. O ORISÁ SÀNGÓ sentou-se e O ORISÁ OSALÁ levantou-se dizendo: - Visto os fatos, concluo que: tanto um quanto outro erraram: por um lado A ORISÁ OSUN roubou artefactos que pertenciam a um outro VODUN, por outro lado,O VODUN ELEGBARÁ mentiu, dizendo ter tirado um pedaço de ORUN, mas de fato dizimou uma aldeia para pegar um pedaço de ouro em forma esférica. Diante dos fatos eu decido que a esfera dourada não ficará com nenhum dos dois, mas pertencerá a ambos: o metal ficará incrustado nas rochas, aprisionando a ganância DO VODUN ELEGBARÁ, mas para ser tirado, precisará ser garimpado nas águas, para lavar a inveja DA ORISÁ OSUN.
Enquanto a YÁBÁ chorava, O VODUN ELEGBARÁ falou irado.
- Acato o veredito - virando-se para A ORISÁ OSUN, praguejou - já que fui enganado e julgado por conta deste metal, todo aquele que tiver contacto com ele, assim como você, mostrará seus demonios, sendo tomado pela nossa ambição presa nele.
Ao sair do conselho, O VODUN ELEGBARÁ  irado jurou para si que sempre perseguiria tanto A ORISÁ OSUN quanto qualquer um que vivesse sob sua proteção (daí nasceram os epurins, filhos(as) da ORISÁ OSUN perseguidos pelo VODUN ELEGBARÁ), e, como vingança, inseriu sementes negras nos frutos predilectos dela, os mamões, para que, quando ela fosse comer, sentisse sua presença e se lembrasse do mal que lhe fez.
ITAN DE ÒSÚN IYOMI
A ORISÁ OSUN era rainha de um grande território, o qual foi invadido pelo iyomi que venceram a luta apoderando-se do território e de toda a fortuna da ORISÁ OSUN.
A ORISÁ OSUN, para não ser prisioneira, fugiu em meio à escuridão nocturna tomando uma jangada, tendo feito antes uma calorosa oração ao seu *Deus* Supremo, *OLORUN*. Imediatamente, veio-lhe a inspiração de mandar seus súditos prepararem alguns abarás e deixa-los às margens do rio.
Ocorre, entretanto que seus perseguidores, ao chegarem às margens do rio, encontraram os abarás e como estavam famintos, sentaram-se para comê-los, caindo após o repasto sem vida no chão.
Com isso A ORISÁ OSUN pôde voltar ao seu território, sendo então chamada de OSUN Iyomi.
ITÃN DE OSUN
Conta-se, que A ORISÁ OSUN era apetebi de ORUNMILÁ, o poderoso ORISÁ adivinho, que tantas coisas prediz; todas as pessoas que vinham consultar ORUNMILÁ pediam a A ORISÁ OSUN para que lhe tirasse a sorte. Um dia A ORISÁ OSUN, chorosa, queixou-se a ORUNMILÁ que estava triste por não saber jogar. Suplicou-lhe que lhe ensinasse aquela arte.
ORUNMILA atendeu e deu-lhe dezasseis coquinhos de nozes, preparando-os e pedindo ao ORISÁ  ESÚ, que respondesse às perguntas feitas pela A ORISÁ OSUN. O ORISÁ ESÚ atendeu, porém de má vontade por não ter gostado de ver A ORISÁ OSUN adivinhando. Esta é a razão pela qual as filhas da ORISÁ OSUN são perseguidas pelo ORISÁ ESÚ.
ITÃN DE OSUN
Segundo outro Alo, A ORISÁ OSUN era a dona do ouro e resolveu, para conseguir jogar, trocar com O VODUN ELEGBARÁ sua riqueza, que lhe cedeu 8 dos seus búzios através dos quais A ORISÁ OSUN fala no jogo.
ITÃN DE OSUN
Conta os itãns que, em um tempo imemorial, o rei ORISÁ SÀNGÓ, orisá escolhido pelo ORISÁ OSALÁ para governar a terra e os outros ORISÁS, tinha diversas esposas. As duas mais importantes eram A ORISÁ YNHANÇÃ, a Senhora das Tempestades, e A ORISÁ OSUN, cujo domínio se estendia pelos rios, lagos e cachoeiras.
Certo dia, enciumada da preferência do ORISÁ SÀNGÓ pela sua adversária; A ORISÁ YNHANÇÃ decidiu vingar-se da   ORISÁ OSUN, e em um raio intempestivo de cólera, investiu contra a mãe das águas doces, quando esta se banhava nua às margens de um grande lago, tendo apenas um espelho entre as mãos. Devido ao fato de ser uma guerreira, mas porém uma mulher dócil e vaidosa, afeita apenas aos expedientes da Sedução e da Dissimulação para se defender; A ORISÁ OSUN viu-se completamente indefesa frente à ira arrebatadora da Rainha dos Raios. A ORISÁ OSUN, então, rezou ao ORISÁ OSALÁ, e em um instante mágico, percebeu que o Sol brilhava forte nas costas de sua agressora. Rapidamente, ela utilizou seu espelho para reflectir os raios solares de forma a cegar  A ORISÁ YNHANÇÃ.
Ao saber da vitória da ORISÁ OSUN, o rei ORISÁ SÀNGÓ reafirmou sua preferência pela Senhora das Águas, que além de mais bela e delicada, provou ser também mais poderosa que a Senhora das Tempestades.
ITÃN DE OSUN QUE SE TRNSFORMA NO  pombo Adabá
A ORISÁ OSUN era filha de Orunmilá. Um dia casou-se com O ORISÁ SÀNGÓ, indo viver em seu palácio. Logo O ORISÁ SÀNGÓ percebeu o desinteresse da A ORISÁ OSUN pelos afazeres domésticos, pois a rainha vivia preocupada com suas jóias e caprichos.
Aborrecido, O ORISÁ SÀNGÓ mandou prendê-la numa torre, sentindo-se livre novamente. O VODUN ELEGBARÁ, vendo a situação da ORISÁ OSUN, correu a contar ao ORISÁ ORUNMILÁ que, fazendo deste seu mensageiro, entregou-lhe um pó mágico que deveria ser soprado sobre A ORISÁ OSUN.
O VODUN ELEGBARÁ, que se transforma no que quer, chegou ao alto da torre e soprou o pó sobre A ORISÁ OSUN que, no mesmo instante, transformou-se num lindo pombo dourado chamado Adabá, ganhando assim a liberdade e voltando à casa paterna
OBS:  A ORISÁ OSUN É UMA ORISÁ EXTREMAMENTE SINGULAR VAI DO
AMOR A IRÁ, DA PAIXÃO A VINGANÇA, DA PROTEÇÃO AO DESPREZO, DE SER COQUETE Á SE TORNAR NO ORISÁ MAIS MEIGO E CARINHOSO QUE EXISTE, MÁS ACIMA DE TUDO É AMIGA COMPANHEIRA E DÁ AMOR CARINHO E PROTEÇÃO AOS QUE PRECISAM, ENFIM É A MÃEZONA
DE QUÊ TODOS PRECISAMOS.
QUERIDOS IRMÃOS NOVAMENTE ESPERO COM TODO O MEU CORAÇÃO TER SIDO UTIL A TODOS AO EXPLANAR SOBRE ESTÁ ORISÁ TÃO EXPLENDIDAMENTE MARAVILHÓSA QUÊ É NOSSA RICA MÃE: A ORISÁ OSUN !!!.
MUITO ASÉ !!!
KOLOFÉ OLORUN À TODOS.
*OLORUN* MODUPÉ !!!
BÁBÁÒLÒÒRÌSÁ OBÁ OMÍ D’ YEMANJÁ.