sexta-feira, 27 de julho de 2012


BABÁ ORUN-MILÁ

 O SENHOR DA VISÃO E DO ORACULO.
NAS NAÇÕES CULTUADAS NO RIO GRANDE DO SUL: KABINDA, OYÓ, JEJE, IJESÁ, NAGÔ E CONGÔ

ESCLARECIMENTO: BABÁ ORUN-MILÁ TEM PASSAGEMS

DE IDADE COMO QUALQUÉR OUTRO ORISÁ, PORTANTO

ELE NÃO TEM NESCESSARIAMENTE QUE SER VELHO.
(ASSENTAMENTO DE ORUN-MILÁ NA AFRICA)

ORUN-MILÁ/Ifá
A importância de ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ é tão grande que chegamos a concluir que se um homem fizer algum tipo de pedido ao todo poderoso *OLORUN* (*DEUS*, o Senhor dos Céus), esse pedido só poderá chegar até Ele através de BABÁ ORUN-MILÁ e/ou ELEGBARÁ, que são somente eles dois dentre todos os Orisás os que têm a permissão, o poder e o livre acesso concedido pôr *OLORUN* de estar junto a Ele, quando assim for nescessário. Ainda vale ressaltar que somente o ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ e ELEGBARÁ possuem para si um culto individual, onde são feitos adorações totalmente específicas para os mesmos, também são eles os únicos que podem possuir para somente o seu culto um sacerdote específico. Isso só é possível pôr causa dos poderes delegados pelo todo poderoso a eles, pois os demais Orisás são totalmente dependentes do ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ e ELEGBARÁ, enquanto que eles não dependem de nenhum dos Orisás para desenvolverem sua própria evolução, ou seja, o culto à ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ e ELEGBARÁ não dependem do culto aos Orisás, entretanto o culto aos Orisás dependem totalmente de ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ e ELEGBARÁ.
O ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ é o senhor dos destinos e da visão no oráculo e fora dele, é quem rege os o plano onírico (sonhos), é aquele que tudo sabe e tudo vê em todos os mundos e universos criados por  *OLORUN* pois foram criados por ele, ele sabe tudo sobre o passado, o presente e o futuro de todos habitantes da Terra e do Céu, é o regente responsável e detentor dos oráculos, foi quem acompanhou Odudua na criação e fundação de Ilé Ìfé, ( ILÈ IFÉ CAPITAL POLITICA DA NIGÉRIA NA ÉPOCA E ILÈ OYÓ CAPITAL RELIGIOSA DA NIGÉRIA E BERÇO RELIGIOSO DA AFRICA) é normalmente chamado em suas preces
(ASSENTAMENTO DE ORUN-MILÁ NA AFRICA)
de:
Elérí Ìpín - "o testemunho de Deus''
Ibìkéjì Olódúmarè - "o vice de Deus"Gbàiyégbòrún - "aquele que está no céu e na terra"Òpitan Ìfé - "o historiador de Ìfé"Acredita-se que *OLORUN* passou e confiou de maneira especial toda a sabedoria e conhecimento possível, imaginável e existente entre todos os mundos habitados e não habitados à ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ, fazendo com que desta forma o tornasse seu representante em qualquer lugar que estivesse.Na Terra*OLORUN* fez com que ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ participasse da criação da terra e do homem, fez com que ele auxiliasse o homem a resolver seus problemas do dia a dia, também fez com que ajudasse o homem a encontrar o caminho e o destino ideal de seu orì. No Céu lhe ensinou todos os conhecimentos básicos e complementares referente todos os Orisás, pois criou um elo de dependência de todos perante ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ, todos devem consultá-lo para resolver diversos problemas, com pôr exemplo, a vinda de OSALÁ à terra para efetuar a criação de tudo aquilo que teria vida na mesma, porém o grande OSALÁ não seguiu as orientações prescritas pôr ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ, e não conseguiu cumprir com sua obrigação caindo nas travessuras aplicadas pôr ELEGBARÁ.

Também o ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ fala e representa de maneira completa e geral todos os Orisás, auxiliando pôr exemplo, um consulente no que ele deve fazer para agradar ou satisfazer um determinado Orisá, obtendo desta forma um resultado satisfatório para o Orisá e para o consulente.

O ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ sabe e conhece o destino de todos os homens e de tudo o que têm vida em nosso mundo, pois ele está presente no ato da criação do homem e sua vinda a terra, e é neste exato instante que ORUN-MILÁ-Ifá determina os destinos e os caminhos a serem cumpridos pôr aquele determinado espírito.É pôr isso que O ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ tem as respostas para toda e qualquer pergunta lhe é feita, e que ele têm a solução para todo e qualquer problema que lhe é apresentado, e é pôr esta razão que ele têm o remédio para todas as doenças que lhe forem apresentadas, pôr mais impossível que pareça ser a sua cura.Todos nós
deveríamos consultar ORUN-MILÁ-Ifá antes de
tomarmos qualquer atitude e decisão em nossas vidas, com certeza iríamos errar menos, os Yorubás consultam ORUN-MILÁ-Ifá antes de tomarem qualquer decisão, com pôr exemplo, antes de um casamento, antes de um noivado, antes do nascimento e até mesmo na hora de dar o nome a criança, antes da conclusão de um negócio, antes de uma viagem, etc. Além disto tudo, ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ é também quem tem a vida e a morte em suas mãos, pois ele é a energia que esta mais atuante e mais próxima de *OLORUN*, podendo ele ser a única entidade que tem poderes para suplicar, pedir ou implorar a mudança do destino de uma pessoa. ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ, encontra-se num plano mítico e simbólico superior ao dos outros orixás. Se *OLORUN* é o ser supremo dos Yorubás, o nome que dão ao Absoluto, ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ é a sua emanação mais transcendente, mais distanciada dos acontecimentos do mundo sub-lunar.Na tradição de Ifé é o primeiro companheiro e "Chefe Conselheiro" de Odudua quando da sua chegada à Ifé. Outras fontes dizem que ele estava instalado em um lugar chamado Òkè Igèti antes de vir fixar-se em Òkè Itase, uma colina em Ifé onde mora Àràbà, a mais alta autoridade em matéria de adivinhação, pelo sistema chamado Ifá. É também chamado Àgbónmìrégún ou Èlà. É o testemunho do destino das pessoas.Os babalaôs (pais do segredo), são os porta vozes de ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ. A iniciação de um babalaô não comporta a perda momentânea de consciência que acompanha a dos orisás(ISSO NA AFRICA E EM ALGUNS KANDOMBLÉS,PORQUE EM OUTRÁZ NAÇÕES BABÁ ORUN-MILÁ DESCE EM SEUS INICIADOS SIM). É uma iniciação totalmente intelectual. Ele deve passar um longo período de aprendizagem, de conhecimentos precisos, em que a memória, principalmente, entra em jogo. Precisa aprender uma quantidades de Itans (histórias) e de lendas antigas, classificadas nos duzentos e cinqüenta e seis odú (signos de Ifá), cujo conjunto forma uma espécie de enciclopédia oral dos conhecimentos do povo de língua Iorubá.Cada indivíduo nasce ligado a um Odu, que dá a conhecer sua identidade profunda, servindo-lhe de guia por toda vida, revelando-lhe o Orisá particular, ao qual deverá ser eventualmente dedicado. ORUN-MILÁ-Ifá é sempre consultado em caso de dúvida, antes de decisões importantes, nos momentos difíceis da vida.

NAS NAÇÕES CULTUADAS NO RIO GRANDE DO SUL,  SOMENTE QUEM TEM O IGBÁ=(ASCENTAMENTO) DE BABÁ ORUN-MILÁ

É QUE PODE JOGAR OS BUZIOS

Igbá = VASILHA e ferramentas para orunmilá:  bacia de louça, 16 pratos, 16 moedas e 16 buzios, jóias em ouro branco, estanho, prata, igbin=(ebí), sol, cajado, opasorô, triangulo, pomba de prata, um içabá=(quartinha de barro pintado de branca) e um par de olhos de prata ou de vidro.

Juntós para babá orunmilá: orunmilá com Osum Dokô ou com yemanjá Bomí OU OLOBOMÍ.

ANIMAIS para BABÁ ORUNMILÁ: cabrita branca, galinha branca, casal de patos, casal de ponbos e casal angolistas=(angóla branca=etun) E 1 galinha preta que é  sómente usada para dar o asé de buzios.

COMIDA: EBÔ BRANCO COM EYIN REGADO COM OIN (ebô=canjica branca com 2 metades de ovo=eyin cozido representando os olhos regdos com oin=mel)

FLORES: brancas sem espinho

CÔR: branco e preto.

DIA DA SEMANA; babá orun-milá apesar de não ser um osalá é um orisá funfun do mesmo clã de osalá e portanto responde no domingo junto com osalá.

SAUDAÇÕES: oduá e também epaô babá !!!

Oduá oloodú = salve o senhor do destino !!!,

Gbàiyégbòrún ORUN-MILÁ = aquele que está no céu e na terra"

Òpitan Ìfé - "o historiador de IFÉ,

Ibìkéjì Olódúmarè - "o vice de *OLORUN*

Elérí Ìpín - "o testemunho de *OLORUN*''

Orunmilá no Novo Mundo

A complexa tradição dos babalaôs, que exige muitos anos de memorização dos odus e seu significado não foi transmitida no Brasil. Foi substituída por métodos de adivinhação mais simples, derivados do sistema de orun-milá, como o jogo de buzios com ligação direta com babá Orun-milá, aparentemente neste jogo que é feito dentro da delogun com 16 buzios = merindilogun = jogo com 16 buzios são todos os orisás que dão as respostas, más não é assim que funciona, pois somente orun-milá conhece o destino então ele permite aos orisás que respondam nos buzios através do própio babá orun-milá, este é o motivo que no sistema de buzios que é dado no rio grande do sul é obrigatório o acentamento de babbá orun-milá pois as respostas dadas pelos orisás são captadas através de orun-milá.
JOGO DE BUZIOS MERINDILOGUN DENTRO DO OPON = (TABUA) AONDE SE JOGA OS BUZIOS QUE TANTO PODE SER JOGADO NO SISTEMA MERINDILOGUN ATRAVÉS DE ORUN-MILÁ, COMO É FEITO NAS NAÇÕES  OU NO SISTEMA DE ODÚS USADO NO KANDOMBLÉ.
ARQUÉTIPO DOS FILHOS(ª) DE ORUN-MILÁ


Os filhos de ORUN-MILÁ, portanto, são pessoas tranquilas, pelo menos na aparência, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis.
Conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo.
São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente.
Às vezes chegam a ser autoritários, mas isso acontece com os que têm Orisás guerreiros ou autoritários como junto= (orisá do corpo).
Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização.
Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos.
São reservados, mas raramente orgulhosos.
Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções, será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema.
Possuem um pensamento engendrado e a constante reflexão sobre todos os aspectos da sua existência.
Os filhos dele não gostam de pedir ajuda aos outros.
Uma característica marcante é a honestidade(nem sempre).
Seus ideais são levados até o fim, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias a suas opiniões e projetos. Gostam de dominar e liderar as pessoas.
São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho.
Respeitam a todos mas exigem ser respeitados.
Os homem de Orunmilá, charmosos, fazem questão de ser o centro das atenções e está à procura de plateias dispostas a ouví-los falar sobre seus assuntos prediletos. Um deles é a mulher. Conquistador compulsivo, mais do que qualquer coisa, ele gosta é de se exercitar no jogo da conquista, e assim que ganha a mulher , desinteressa-se dela.
Balança um pouco quando encontra uma mulher liberal pela frente que é, no fundo, a parceira que gostaria de ter. Só que estas mulheres o assustam. Como também o assusta a ideia de tomar a iniciativa no campo sexual.
Suas afinidades são com mulheres de Oxalá, Oxun, Iemanjá, Oiá e Nanã.
Enquanto que as mulheres de Orunmilá, são fácil de distinguir das outras mulheres, pois são aquelas de aparência tímida, mas muito bem produzida em termos de roupa e maquiagem.
À primeira vista parece uma conquistadora experiente, mas na verdade não sabe como agir depois que chamou a atenção do público masculino.
Mas mesmo assim, sente-se perfeitamente à vontade em festas, adora uma badalação, um carro bonito, amizades importantes.
E é justamente por um homem que possa lhe oferecer essas coisas que ela se apaixona.
Sexualmente, gosta de ser comandadas e sabem como ninguém usar o ciúme.
Tem mais afinidades com homens de Osalá, Osun, Yemanjá, Osumarê, Odé .
(OPON = TABUA DE JOGAR OPELÉ = NOZES DE COLA OU BUZIOS)
ORIKI = reza falada
Iba Olodumare
salve Olodumare, eu o saudo Deus maior
Iba Orunmila
Eu saúdo Orun-milá
Iba yemanjá Orisa Ile
Eu saúdo YEMANJÁ, a dona da casa
Iba Irunmole
Saúdo os Irunmole, os Orisás
Iba Ile Ogeere afoko yeri
Saúdo a terra
Iba atiyo Ojo
Saúdo o dia que amanhece
Iba atiwo Oorun
Saúdo a noite que vem
Iba F'olojo oni
Saúdo o dono do dia
Iba Eegun Ile
E saúdo o Egun da casa, nosso ancestral
Iba Agba
Saúdo os velhos sábios
Iba Babalorisa
Saúdo o pai-de-santo
Iba Omo Orisa
Saúdo os filhos-de-santo
Iba Omode
Saúdo as crianças
Awa Egbe Odo Orunmila juba O, Ki iba wa se
Nós, que cremos em Orun-milá, saudamos e esperamos que
T'omode ba juba baba re, agbe'le aye pe
Orun-milá ouça nossa saudação
Ada se nii hun omo
O filho que reverencia seu pai tenha longa vida e por nada sofrerá
Iba kii hun omo eniyan
Que a nossa saudação a nós poupe sofrimentos
Akoogba kii hum oloko
Que as plantas boas não falhem ao agricultor
Atipa kii hun oku
Que aos mortos não falte sepultura
Aso funfun kii hun olorisa
Que a Orisalá não falte o pano branco
Kaye o-ye wa o
Para que o mundo nos seja bom
Ka riba ti se
Que nossos caminhos se abram
Ka, ma r'ija Omo araye O
Que não vejamos a discórdia dos povos sobre a terra
Ka'ma r'ija eleye O
Nem a obra das feiticeiras, Ia Mi Ashorongá
Ajuba O ! A juba O!! A juba O!!!
Nós saudamos, saudamos, saudamos A ORUN-MILÁ

ORIKI = reza CANTADA
BABÁ ORUN-MILÁ BABÁISORO ORUN-MILÁIA.
BABÁ ORUN-MILÁ BABÁISORO ORUN-MILÁIA.

YÉW YÉW BABÁ ORUN-MILAÍÁ
YÉW YÉW BABÁ ORUN-MILAÍÁ

BABÁ ORUN-MILAÍÁ,
ORUN-MILAÍÁ SORO
BABÁ ORUN-MILAÍÁ,

ORUN-MILAÍÁ SORO
(não se esqueça de quê o w tem som de u, e o s com tracinhos em baixo tem som de x ( porem aqui não deu para colocar o tracinho em baixo do s)

ITÃN DE ORUN-MILÁ
Quando Orun-milá (Òrún-mìlá) se cansou de viver na terra e da incompreensão dos homens, resolveu ir para o Òrún, mas antes, deu a cada um de seus 8 filhos, 2 caroços de dendezeiro (IKIN), e disse a eles, que quando precisassem, bastava que jogassem os IKIN e teriam as respostas. Deixando claro que o mais importante, era que eles se unissem, assim como o grupo deverá se manter unido .




ITÃN DE BABÁ ORUN-MILÁ
Como se explica a grande amizade entre Orun-milá e bará, visto que eles são opostos em grandes aspectos?
Orun-milá, filho mais velho de *OLORUN*, foi quem trouce aos humanos o conhecimento do destino pelos búzios. bará, pelo contrario, sempre se esforçou para criar mal-entendidos e rupturas, tanto aos humanos como aos Orisás. Orun-milá era calmo e bará, quente como o fogo.
Mediante o uso de conchas adivinhas, Orun-milá revelava aos homens as intenções do supremo *DEUS* *OLORUN* e os significados do destino. Orun-milá aplainava os caminhos para os humanos, enquanto bará os emboscava na estrada e fazia incertas todas as coisas. O caráter de Orun-milá era o destino, o de bará, era o acidente. Mesmo assim ficaram amigos íntimos.
Uma vez, Orun-milá viajou com alguns acompanhantes. Os homens de seu séqüito não levavam nada, mas Orun-milá portava uma sacola na qual guardava o tabuleiro e os Obis que usava para ler o futuro.
Mas na comitiva de Orun-milá muitos tinham inveja dele e desejavam apoderar-se de sua sacola de adivinhação. Um deles mostrando-se muito gentil, ofereceu-se para carregar a sacola de Orun-milá. Um outro também se dispôs à mesma tarefa e eles discutiram sobre quem deveria carregar a tal sacola.
(ASSENTAMENTO = IGBÁ DE ORUN-MILÁ EM CIMA DO OPON = TABUA AONDE SE JOGA OS BUZIOS OU O OPELÉ-IFÁ)
Até que Orun-milá encerrou o assunto dizendo: "Eu não estou cansado. Eu mesmo carrego a sacola".

Quando Orun-milá chegou em casa, refletiu sobre o incidente e quis saber quem realmente agira como um amigo de fato. Pensou então num plano para descobrir os falsos amigos. Enviou mensagens com a notícia de que havia morrido e escondeu-se atrás da casa, onde não podia ser visto. E lá Orun-milá esperou.
Depois de um tempo, um de seus acompanhantes veio expressar seu pesar. O homem lamentou o acontecido, dizendo ter sido um grande amigo de Orun-milá e que muitas vezes o ajudara com dinheiro. Disse ainda que, por gratidão, Orun-milá lhe teria deixado seus instrumentos de adivinhar.
A esposa de Orun-milá pareceu compreende-lo, mas disse que a sacola havia desaparecido. E o homem foi embora frustrado. Outro homem veio chorando, com artimanha pediu a mesma coisa e também foi embora desapontado. E assim, todos os que vieram fizeram o mesmo pedido. Até que Bará chegou. Bará também lamentou profundamente a morte do suposto amigo. Mas disse que a tristeza maior seria da esposa, que não teria mais pra quem cozinhar. Ela concordou e perguntou se Orun-milá não lhe devia nada. Bará disse que não. A esposa de Orun-milá persistiu, perguntando se Bará não queria a parafernália de adivinhação. Bará negou outra vez. Aí Orun-milá entrou na sala, dizendo: " Bará, tu és sim meu verdadeiro amigo!". Depois disso nunca teve amigos tão íntimos, tão íntimos como Bará e Orun-milá.
Devemos nos lembrar de quê o caráter intrigante de elegbará= bará tem seu motivo de ser pois se analizarmos mais de perto nada tem de maldade e sim em muitos aspectos de brincadeira e em outros leva as pessoas ao seu redor a mostrar seu verdadeiro eu, e assim acaba ajudando a manter o equilíbrio das coisas. Alupô Bará !!!

ITÃN DE BABÁ ORUN-MILÁ

Orun-milá (do iorubá Ọrún-mìlà) é na tradição de Ilê-Ifé o primeiro companheiro e “Chefe Conselheiro” de Odùduà quando de sua chegada a Ilê-Ifé. Outras fontes dizem que ele estava instalado em um lugar chamado Òkè Igèti antes de vir fixar-se em Òkè Itaşe, uma colina em Ifé onde mora Àràbà, a maior autoridade em matéria de adivinhação pelo sistema chamado Ifá. Orun-milá é também chamado Àgbónmìrégún ou Èlà. É o testemunho do destino das pessoas e, por esta razão, é chamado Eléèrì Ìpín.
Orunmilá participa nos mitos da vida e das aventuras dos orisás e conta-se que teve relações amorosas com um certo número de orisás, como yemanjá; Ajé, a riqueza, filha de Olókun; e Osun. Teve ainda muitas outras mulheres, entre as quais Oşúmiléyò e Apètèbì, que é o titulo usado pela mulher do babalaô, encarregada de cuidar dos objetos de que ele se serve para fazer a adivinhação. Há ainda sua mulher Odù, cujo símbolo é Igbàdú, a cabaça de Odù.
Os orisás apesar de suas altas posições, consultam orun-milá-Ifá Dois sistemas permitem ao babalaô encontrar o signo de Ifá que está sendo procurado, chave do problema que lhe apresenta o consulente. Um deles é bastante elaborado, manipula-se de acordo com certas regras, 16 caroços dos frutos do dendezeiro, os ikin Ifá; o outro é mais simples e consiste em utilizar um ọpẹlẹ Ifá, uma corrente onde estão enfiadas oito metades de caroço de certa fruta. Uma vez determinado o odù por meio desses processos, a resposta a ser dada ao consulente é encontrada pelo babalaô interpretando o contexto das histórias tradicionais correspondentes.

ITÃN DE ORUN-MILÁ E OSSAYN

Mitos de Orun-milá Ifá foi consultado por Orun-milá que estava partindo da terra para o céu e que estava indo apanhar todas as folhas. Quando Orun-milá chegou ao céu Olodumaré disse, "Eis todas as folhas que queria pegar. O que fará com elas?" Orun-milá respondeu que iria usá-las, disse que, iria usá-las para beneficio dos seres humanos da Terra. Todas as folhas que Orun-mila estava pegando, carregaria para a Terra. Quando chegou à pedra Àgbàsaláààrin ayé lòrun (pedra que se encontra no meio do caminho entre o céu e a terra), Orunmilá encontrou Ossãe no caminho. Perguntou: "Ossãe, onde vai?" Ossãe disse: "Vou ao céu, buscar folhas e remédios". Orun-milá disse que já havia ido buscá-las. "Olhe todas essas folhas", disse ele. Ao vê-las, Ossãe quis tomá-las a Orun-milá, mas não poderia fazer remédios (feitiços) com elas sem saber seus nomes. Foi Orun-milá quem deu nome a todas as folhas. Assim Orun-milá nomeou todas as folhas naquele dia. Ele disse, "Você, Ossãe, carrega todas as folhas para a terra, volte, iremos para terra juntos". Foi assim que Orun-milá entregou todas as folhas para Ossãe naquele dia. Foi ele quem ensinou a Ossãe o nome das folhas apanhadas e apartir dai OSSAYN tornou-se o senhor das folhas e das ervas em geral.

(OPON = TABUA DE JOGAR BUZIOS)

 MAIS UMA VEZ VENHO AGRADECER À TODOS OS IRMÃOS DE FÉ PELO APOIO E PELOS E-MAILS DE APOIO AO MEU BLOG, ESPERO TER ESCLARECIDO A TODOS ATRAVÉZ DO MEU PARCO CONHECIMENTO, KOLOFÉ OLORUN À TODOS !!!


*BÁBÁÒLÒÒRÌSÁ OBÁ OMÍ DE YEMANJÁ*

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